No final do comunicado, a Fitch alertou que, segundo as tendências atuais, a dívida dos EUA deve atingir 100% do PIB até o final de 2012 (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2011 às 15h34.
São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch afirmou hoje, em uma nota, que pretende concluir a revisão do rating (nota) soberano dos Estados Unidos no final de agosto. A agência acrescentou que o acordo para redução no déficit orçamentário e aumento no limite de endividamento aprovado pelo Congresso norte-americano é um passo na direção certa, mas ainda precisarão ser feitas escolhas difíceis para diminuir o buraco nas contas públicas.
"O aumento no teto da dívida e o acordo sobre os parâmetros gerais do plano de redução no déficit dão suporte à perspectiva da Fitch, de que apesar da intensidade e do teatro de discurso político nos EUA, há desejo político e capacidade para, no fim das contas, ser feita a coisa certa. Na opinião da Fitch, o acordo é um primeiro passo importante, mas não o fim do processo que levará a um plano confiável para reduzir o déficit orçamentário a um nível que garanta o rating AAA dos EUA no médio prazo", disse a agência.
A agência afirmou também que "os fundamentos econômicos e financeiros que dão suporte ao rating AAA dos EUA ainda são fortes". Segundo a Fitch, "os balanços e a lucratividade do setor corporativo são saudáveis, o crescimento subjacente da produtividade ainda é relativamente robusto, e o dólar continua ocupando a posição de moeda de reserva global".
No final do comunicado, no entanto, a Fitch alertou que, segundo as tendências atuais, a dívida dos EUA - levando em conta municípios, estados e governo federal - deve atingir 100% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2012 e continuará a subir no médio prazo, "perfil que não é consistente com a manutenção do rating AAA.
No início de junho, a Fitch alertou que o rating dos EUA seria colocado em observação para potencial rebaixamento se o país não aprovasse até dois de agosto um plano para reduzir o déficit orçamentário e elevar o limite de endividamento.