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Bancos brasileiros estão bem preparados, diz Fitch

A agência considera que os bancos do país permanecem financeiramente sólidos, mostrando níveis adequados de capitalização, boa liquidez e bom acesso a financiamento


	Entrada do prédio da Fitch Ratings, em Paris
 (Miguel Medina/AFP)

Entrada do prédio da Fitch Ratings, em Paris (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 14h23.

Nova York - Os bancos brasileiros estão, de uma maneira geral, adequadamente preparados para enfrentar uma volatilidade maior dos mercados, disse a Fitch Ratings. Segundo a agência, embora a perspectiva para o setor bancário do Brasil permaneça estável, os bancos estão diante de vários desafios. Além disso, a desaceleração da economia do país e o alinhamento dos ratings nacionais das subsidiárias dos bancos estrangeiros com a perspectiva de suas controladoras resultou em um aumento marginal de perspectivas negativas.

"Apesar de seus bons fundamentos, a deterioração do crédito e a pressão sobre as margens, ao lado de um cenário macro econômico mais fraco, criam um ambiente mais desafiador para os bancos brasileiros", disse Eduardo Ribas, diretor-associado do Grupo de Instituições Financeiras da Fitch.

A agência considera que os grandes bancos do país permanecem financeiramente sólidos, mostrando níveis adequados de capitalização, boa liquidez e bom acesso a financiamento, assim como uma lucratividade maior do que os concorrentes locais e internacionais. Os ratings dos bancos médios e pequenos são ajustados com base nos desafios relacionados a seu tamanho e maior vulnerabilidade a períodos prolongados de maior incerteza. A Fitch nota que a maioria desses bancos se preparou para aguentar um ambiente de maior volatilidade.

Segundo a Fitch, a expansão significativa do crédito em toda a indústria em 2010 e em 2011 elevou os custos do crédito a níveis mais altos do que na média dos mercados emergentes e da América latina, e é o principal fator a pressionar as margens no médio prazo, especialmente num ambiente de taxas de juro mais baixas.

"A deterioração da qualidade do crédito foi intensa e reflete a desaceleração da economia, que foi maior do que se projetava inicialmente. O maior rigor na concessão de crédito no último período vai desacelerar o crescimento da inadimplência no médio prazo. Ao mesmo tempo o nível mais alto de endividamento individual destaca a necessidade de monitorar a expansão do crédito, especialmente considerando que a taxa de desemprego permanece em níveis historicamente baixos", diz a Fitch.

A agência acrescenta que "a intensidade da redução dos spreads variou entre os bancos privados e os governamentais. Inicialmente, esse efeito foi marginal, mas espera-se que ele se acentue ao longo do tempo, num ambiente de taxas de juro locais mais baixas e sustentáveis. Assim como na tendência do setor bancário mundial, é improvável que as taxas de retorno dos bancos brasileiros voltem aos níveis altos do passado recente". As informações são da Dow Jones.

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