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Figura de market maker ganha força no mercado de debêntures

No ano passado, 20 emissões de debêntures tiveram formadores de mercado, bancos que concordam em comprar e vender os títulos para assegurar preços transparentes


	O volume diário de negociação de debêntures foi de R$ 860 milhões em dezembro, equivalente a 4% dos US$ 10 bilhões negociados diariamente no mercado americano 
 (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

O volume diário de negociação de debêntures foi de R$ 860 milhões em dezembro, equivalente a 4% dos US$ 10 bilhões negociados diariamente no mercado americano  (©AFP / Yasuyoshi Chiba)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 07h55.

São Paulo - Os bancos de investimentos estão cada vez mais se comprometendo a comprar e vender as debêntures que eles originam, em resposta à demanda de investidores institucionais e reguladores por maior liquidez.

No ano passado, 20 emissões de debêntures tiveram formadores de mercado, bancos que concordam em comprar e vender os títulos para assegurar preços transparentes, o dobro de 2011, de acordo com a Cetip SA - Mercados Organizados.

O volume diário de negociação de debêntures foi de R$ 860 milhões em dezembro, equivalente a 4 por cento dos US$ 10 bilhões negociados diariamente no mercado americano de títulos com grau de investimento.

Com a mudança, o mercado passa a abandonar práticas tradicionais no mercado local, em que a atuação dos formadores de mercado era limitada porque os emissores viam pouco valor no serviço e as debêntures eram vendidas para um pool de investidores que detinham os papéis até o vencimento.

As regras com o objetivo de estimular as negociações estão levando mais companhias a pagarem pelo serviço em troca de menores custos de captação, segundo o Banco BTG Pactual SA. A Concessionária Auto Raposo Tavares SA contratou um formador de mercado no mês passado para a emissão de R$ 380 milhões em debêntures com correção monetária pelo IPCA mais juro de 5,8 por cento.

“Os bancos estão começando a perceber como é importante fornecer liquidez no mercado secundário”, disse Alexandre Muller, chefe de análise de crédito corporativo no BTG. “Isso é bom para a companhia, porque se você tiver um grupo maior de investidores favorecendo o negócio, eles provavelmente vão fazer lances mais agressivos e o rendimento final será mais baixo”.

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