Mercados

FIDC do BB e Votorantim pode somar R$ 1 bi em patrimônio

Fundo será composto por debêntures de infraestrutura emitidas para financiar projetos nas áreas de energia, transporte, água, saneamento básico e irrigação


	Votorantim: incentivo tributário ajudou a atrair pessoas físicas, diz Reinaldo Lacerda, da Votorantim Wealth Management
 (Divulgação/Divulgação)

Votorantim: incentivo tributário ajudou a atrair pessoas físicas, diz Reinaldo Lacerda, da Votorantim Wealth Management (Divulgação/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 15h33.

São Paulo - O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de debêntures de infraestrutura do Banco do Brasil e do Votorantim, que começou a ser negociado nesta sexta-feira, 13, na bolsa paulista pode saltar de um patrimônio de R$ 300 milhões para R$ 1 bilhão.

O prazo para que o veículo dê este salto em termos de captação, porém, depende, segundo executivos das duas instituições, da alocação do montante já levantado. Atualmente está em 40%.

"Somente quanto tivermos 60% dos recursos alocados é que pensaremos em ampliar a captação junto a investidores para o FIDC de infraestrutura", afirmou Sandro Marcondes, diretor de mercado de capitais do Banco do Brasil, durante evento de início da negociação das cotas do FIDC na bolsa, na manhã desta sexta-feira.

Ou seja, antes de novos fundos com a mesma formatação, a captação deste, que é o primeiro FIDC que investe em debêntures de infraestrutura com negociação em bolsa, tende a ser ampliada.

Batizado de FIDC BB Votorantim Highland Infraestrutura, o fundo será composto por debêntures de infraestrutura emitidas para financiar os projetos de infraestrutura nas áreas de energia, transporte, água, saneamento básico e irrigação.

O veículo é destinado exclusivamente a investidores qualificados, que possuam investimentos de no mínimo R$ 300 mil. A cota mínima é de R$ 25 mil.

De acordo com Reinaldo Lacerda, da Votorantim Wealth Management, o incentivo tributário ajudou a atrair pessoas físicas que responderam pela maior parte dos recursos captados pelo novo fundo.

Foram 2.700 pessoas dos segmentos de private bank e alta renda.

"O interesse dos investidores pessoas físicas surpreendeu, uma vez que o investimento neste fundo é de longo prazo, o que exige uma venda ainda mais consultiva", disse Carlos Massuro Takahashi, presidente da gestora de recursos do Banco do Brasil, a jornalistas.

"Este fundo faz parte do projeto de construção de portfólio entre o BB e o Votorantim", acrescentou ele.

Também presente no evento, o secretário executivo do ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, que participou da constituição do fundo quando ainda estava no BB, disse que o veículo deve contribuir para acelerar a liquidez do mercado secundário de renda fixa uma vez que é listado em bolsa e os investidores podem negociar suas cotas. O FIDC foi estruturado há dois anos, conforme ele.

O fundo conta com gestão da Votorantim Asset, consultoria da gestora americana Highland, especializada em crédito privado, e administração da BB DTVM. São três cotas: seniores, mezanino e junior.

A rentabilidade para cotas sênior é de IPCA mais 5,5% e de mais de 8% para mezanino, de maior risco.

Acompanhe tudo sobre:BancosBB – Banco do BrasilDebênturesEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasInfraestruturaMercado financeiroVotorantim

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney