As ações da Fibria acumulam queda de 30% em 2010 (Patxi Aguado/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 16h43.
São Paulo - A Fibria Celulose SA, maior produtora mundial da commodity, teve a maior alta em dois meses depois de acertar a venda de ativos para a Suzano Papel & Celulose SA por R$ 1,5 bilhão.
As ações da Fibria subiam 5,1 por cento, para R$ 27,61 na BM&FBovespa às 12h46. É a maior alta desde 21 de outubro, considerando as variações no fechamento. A Suzano caía 1,7 por cento, para R$ 14,68, a sexta queda consecutiva da ação.
A Suzano vai comprar da Fibria os 50 por cento que ainda não detinha no Consórcio Paulista de Papel e Celulose - Conpacel, por R$ 1,45 bilhão, além da distribuidora de papel KSR Comércio e Indústria de Papel SA, segundo comunicado distribuído ontem pelas empresas.
O negócio “é positivo” para a Fibria devido à redução da alavancagem, disseram analistas do Credit Suisse Group AG, liderados por Ivan Fadel, em relatório distribuído hoje por e- mail. A transação deve permitir que “a empresa retome seu padrão de crescimento mais cedo do que o esperado, concentrando- se em seus projetos”, disseram os analistas, que têm recomendação de “outperform” para a ação da Fibria.
As ações da companhia acumulam uma queda de 30 por cento este ano, enquanto a Suzano já caiu 11 por cento e o Ibovespa perdeu 0,3 por cento.
“Apesar desse negócio ter sido bom para a Fibria, acreditamos que a potencial piora adicional no mercado de celulose deve continuar a pesar sobre empresas de papel e celulose no curto prazo”, disseram os analistas do Credit Suisse.