Presidente do Fed, Jerome Powell (Samuel Corum//Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 13 de julho de 2022 às 10h18.
Última atualização em 13 de julho de 2022 às 11h41.
Números do Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) acima do esperado para o mês de junho reforçaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) terá que intensificar o ritmo do aperto monetário para conter o aumento de preços.
A inflação americana de junho ficou em 1,3%, superando o consenso de mercado de 1,1%. Já o CPI acumulado de 12 meses saltou de 8,6% para 9,1%. O nível de inflação é o maior para os Estados Unidos desde 1981, segundo a Bloomberg.
O rendimento dos títulos o Tesouro americano, que refletem as expectativas sobre a condução dos juros no país, dispararam logo após a divulgação dos dados. O rendimento dos títulos de 2 anos, que vinham próximos de 3% no início do dia, saltaram para próximo de 3,2% -- o maior patamar desde meados de junho.
Já o rendimento do título de 10 nos saltou aumentou em 0,1 ponto percentual para 3,04%, mantendo a curva invertida em relação ao rendimento dos títulos de mais curto prazo.
As expectativas de intensificação do aperto monetário foram traduzidas em maior chance de que o Fed acelere a alta de juros de 0,75 ponto percentual para 1 ponto percentual na próxima reunião, de daqui a duas semanas.
Se confirmada, a alta de juros elevaria o patamar atual entre 1,50% e 1,75% para o intervalo de 2,50% e 2,75%. A probabilidade, que era de 0% até semana passada e de pouco mais de 7% na véspera, saltou para próximo de 40% nesta manhã, segundo o monitor de expectativas do CME Group.
As apostas de alta de juros de 1 ponto percentual, considerada extremamente agressiva para os padrões americanos, passou a ganhar força na semana passada, após dados do mercado de trabalho americano terem superado o consenso de economistas.