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Executivos da Microsoft defendem suas vendas de ações

Gates, que co-fundou a companhia em 1975, vende 20 milhões de suas ações todo trimestre para financiar suas atividades filantrópicas

Gates continua sendo o maior acionista individual da empresa, com cerca de 7,2 por cento de participação (Getty Images)

Gates continua sendo o maior acionista individual da empresa, com cerca de 7,2 por cento de participação (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 21h08.

Seattle - O presidente-executivo e o chairman da Microsoft, Steve Ballmer e Bill Gates, se defenderam nesta terça-feira de duros questionamentos de seus acionistas, frustrados com a valorização das ações da companhia na última década, sobre recentes vendas de ações.

Gates, que co-fundou a companhia em 1975, vende 20 milhões de suas ações todo trimestre para financiar suas atividades filantrópicas, enquanto que Ballmer planeja vender 75 milhões de papéis até o final do ano por razões de planejamento de declaração de impostos.

"Tanto Bill quanto eu mantemos grandes interesses na companhia", disse Ballmer, presidente da Microsoft desde 2000, durante reunião anual com acionistas transmitida pela Internet. "Se virem quantas ações são vendidas por executivos da companhia, verão que é um percentual bem pequeno do total de ações vendidas, não é um fator material sobre o preço da ação."

Mais de 50 milhões de ações da Microsoft trocam de mãos numa sessão normal na Nasdaq, às vezes chegando a mais de 100 milhões. A empresa tem 8,6 bilhões de ações em circulação no mercado.

Gates continua sendo o maior acionista individual da empresa, com cerca de 7,2 por cento de participação, seguido por Ballmer, com uma fatia de 4 por cento. Gates vende ações regularmente em pacotes de entre 1 milhão e 4 milhões para financiar sua fundação de 33 bilhões de dólares, seu principal foco hoje em dia, desde que se aposentou do dia-a-dia da Microsoft em 2008.

As ações da Microsoft variam em torno do mesmo nível de preço desde 2002.

Ballmer elogiou a mais recente linha de produtos da companhia, enfatizando as boas vendas do sistema operacional Windows 7, mas reclamou que investidores tendem a preferir empresas do setor de eletrônicos.

"Acho que não apreciam tanto o enorme sucesso que tivemos no setor corporativo", afirmou. "As pessoas se relacionam melhor com o mercado de consumo", acrescentou.

A Apple, que lançou uma leva de aparelhos como o iPod, o iPhone e o iPad, viu suas ações saltarem em 25 vezes nos últimos 8 anos.

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