Repórter de Negócios
Publicado em 4 de março de 2025 às 13h32.
O EWZ, principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado na Bolsa de Nova York (NYSE), opera em queda nesta terça-feira, 4, impactado pelas novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O governo de Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre importações do Canadá e México, além de 20% sobre produtos chineses, elevando os temores de uma nova guerra comercial.
Com o mercado brasileiro fechado devido ao feriado de Carnaval, os ADRs (recibos de ações) de empresas nacionais negociados em Nova York refletem a aversão ao risco. Perto das 12h, o EWZ recuava 1,99%, enquanto os ADRs da Vale caíam 1,54% e os da Petrobras cediam 2,25%.
Outras gigantes brasileiras também registravam perdas. Gerdau recuava 1,25%, Itaú caía 2,04%, Bradesco perdia 2,53%, enquanto a Embraer operava em baixa de 2,73%.
As bolsas de Nova York e o mercado europeu também abriram em queda acentuada, refletindo o pessimismo do mercado com o aumento das tensões comerciais globais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai impor tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá, além de aumentar a tributação de produtos importados da China.
Em resposta, China, Canadá e México já anunciaram medidas de retaliação, o que aumenta a tensão entre investidores.
A China anunciou que vai impor tarifas adicionais de 10% e 15% sobre várias importações de alimentos dos EUA, como soja, trigo e frango.
Governo de Pequim também adicionou dez empresas, a maioria ligada à defesa, à' lista de entidades não confiáveis'. Outras 15 instituições foram colocadas sob controle de exportação.
O Canadá anunciou que imporá tarifas de 25% sobre 155 bilhões de dólares canadenses (aproximadamente US$ 107 bilhões) em produtos dos Estados Unidos a partir desta terça-feira, 4, caso o governo leve adiante suas tarifas propostas sobre produtos canadenses.
O primeiro-ministro Justin Trudeau detalhou que a retaliação será implementada em duas fases: a primeira afetando C$ 30 bilhões em produtos americanos imediatamente, e a segunda, envolvendo C$ 125 bilhões, entrando em vigor em 21 dias.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou nesta terça-feira, 4, que não há justificativa para a decisão de Trump. O governo mexicano deve detalhar as tarifas e restrições comerciais no próximo domingo, 9.