Dados: o desemprego chegou a uma das menores taxas da história, com 4,3%. (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2017 às 06h15.
Última atualização em 10 de julho de 2017 às 08h43.
A temporada de balanços nos Estados Unidos, que começa hoje, deve mostrar que, enquanto o governo Donald Trump se afunda, a economia e o mercado financeiro americanos vão muito bem, obrigado. O lucros das 500 maiores empresas americanas listadas deve crescer uma média de 7,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre as empresas que divulgam seus resultados nos próximos dias estão a fabricante de bebidas Pepsico na terça-feira, a companhia aérea Delta na quinta-feira e dos bancos JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup na sexta-feira.
Entre os dados que trazem otimismo estão o desemprego, que em maio chegou a uma das menores taxas da história, com 4,3%, e o crescimento do PIB, que chegou a 1,2% no primeiro trimestre. O problema é que para animar os investidores talvez as companhias precisem de mais do que isso. Os índices americanos estão em patamares recordes neste ano e uma leve alta nos lucros não deve ser suficiente para provocar um novo período de alta ou até mesmo manter os preços nos patamares atuais. O atual patamar foi alcançado, afinal de contas, com a expectativa que Trump aprovasse projetos para impulsionar setores importantes da economia, como a infraestrutura – e isso não deve acontecer tão cedo.
Nas semanas que antecedem as temporadas de balanços trimestrais, as ações americanas costumam subir. Essa tem sido a regra a cada trimestre desde 2013. Mas dessa vez, os índices se comportaram de maneira um pouco diferente. O S&P 500 tem perdas de 0,27% no acumulado de um mês, o Dow Jones tem uma leve alta, de 0,67% no mesmo período, enquanto o índice da Nasdaq (que reúne empresas de tecnologia) caiu 0,88%.
Para analistas, é um sinal da descrença dos investidores de que os ganhos serão extraordinários.