Redação Exame
Publicado em 25 de março de 2025 às 12h55.
Última atualização em 25 de março de 2025 às 12h57.
A confiança do consumidor nos Estados Unidos voltou a enfraquecer em março, acendendo um sinal de alerta sobre uma possível recessão. De acordo com a pesquisa mensal do Conference Board, as expectativas para renda, negócios e mercado de trabalho caíram para o menor nível em 12 anos, com o índice recuando para 65,2 pontos.
Níveis abaixo de 80 costumam indicar risco de recessão, segundo a própria entidade.
O índice que mede a percepção dos consumidores sobre a situação atual também caiu, atingindo 92,9 pontos — uma queda de 7,2 pontos em relação a fevereiro e o quarto mês consecutivo de recuo. A expectativa dos economistas consultados pelo Wall Street Journal era de um número ligeiramente melhor, de 93,5 pontos.
Apesar disso, as avaliações sobre o mercado de trabalho mostraram leve melhora: 33,6% dos entrevistados ainda veem empregos como abundantes, mesmo percentual do mês anterior, enquanto 15,7% consideram os empregos difíceis de encontrar — ligeiramente abaixo dos 16% registrados em fevereiro.
O levantamento revelou ainda que a inflação continua sendo uma grande preocupação entre os consumidores. Além disso, aumentaram as inquietações em relação ao impacto de políticas comerciais e tarifas.
Outro levantamento importante, conduzido pela Universidade de Michigan, mostrou uma queda acentuada de 27% na confiança do consumidor ao longo do último ano, até meados de março. Os dados mais recentes dessa pesquisa serão divulgados nesta sexta-feira (28).
Com os investidores procurando sinais sobre o futuro da economia americana, o indicador do Conference Board divulgado hoje está fazendo o dólar perder força – além de contribuir para um movimento de rotação global de ativos para fora dos Estados Unidos, que também está benenificando a bolsa brasileira.
Por volta das 12h30, o DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de moedas, caía 0,24%. O real é a divisa de melhora desempenho. No mesmo horário, o dólar perdia 1,12% frente à moeda brasileira – impulsionado pela sinalização do Copom de que deve trazer novas altas nos juros.