Bovespa: de cada R$ 100 em ações compradas ou vendidas no Brasil no mês passado, metade foi por estrangeiros (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2014 às 17h52.
Os estrangeiros responderam por 50% dos negócios com ações em fevereiro, de acordo com dados da BM&FBovespa até dia 26, quarta-feira da semana passada.
Ou seja, de cada R$ 100 em ações compradas ou vendidas no Brasil no mês passado, metade foi por estrangeiros. É a maior participação desses investidores na história da Bovespa, desbancando os investidores locais.
Em janeiro, os estrangeiros responderam por 46,9% do volume negociado. A maior participação anterior havia ocorrido em novembro, com 47,1% do volume de negócios. Em fevereiro de 2013, os estrangeiros ficaram com 41,4% do volume de negócios.
Essa participação mostra como o mercado brasileiro está vulnerável aos humores dos investidores externos. Em segundo lugar em participação no mercado aparecem os investidores institucionais, com 29,3% dos negócios em fevereiro, menos que os 32,9% de janeiro. As pessoas físicas aumentaram ligeiramente sua participação, respondendo por 13,9% dos negócios no mês passado, ante 13,2% em janeiro.
Superávit no mês
No mês, até dia 27, os estrangeiros haviam comprado R$ 274 milhões de ações a mais do que venderam. Se mantido no dia 28, o saldo mensal será o primeiro positivo depois de dois negativos, R$ 854 milhões em janeiro e R$ 213 milhões em dezembro.
No ano, o saldo dos investidores estrangeiros está negativo em R$ 581 milhões, o que explica em parte a queda de 8,5% do Índice Bovespa no ano. Os investidores institucionais locais também não ajudaram, e acumulam saldo negativo em fevereiro de R$ 1,895 bilhões em seus negócios com ações e as pessoas físicas, de R$ 360 milhões.
No ano, o saldo do investimento em ações dos institucionais está negativo em R$ 1,969 bilhão e, das pessoas físicas, em R$ 22 milhões.
Saldo em 12 meses
Em 12 meses, porém, os estrangeiros compraram R$ 4,223 bilhões a mais em ações brasileiras do que venderam. O saldo compensou as vendas de R$ 5,051 bilhões de institucionais e de R$ 5,677 bilhões de pessoas físicas, segundo dados da corretora Um Investimentos.