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Estrangeiros começam a fazer as pazes com ações da Vale

Salto no diferencial entre as ações ordinárias e preferenciais indica retorno do otimismo do investidor estrangeiro com a mineradora, diz Citi


	Os preços do minério de ferro e a produção de aço bruto indicam que a demanda das indústrias chinesas pode estar mais forte do que era esperado
 (Dario Zalis/EXAME.com)

Os preços do minério de ferro e a produção de aço bruto indicam que a demanda das indústrias chinesas pode estar mais forte do que era esperado (Dario Zalis/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 15h33.

São Paulo - Nas últimas seis semanas, o diferencial entre as ações ordinárias (VALE3) e preferenciais (VALE5) da Vale saltou de 5% para 15%. Essa mudança chama a atenção porque, segundo Alexander Hacking e Thiago Ojea, analistas do Citi Research, representa a volta a um patamar de normalidade.

Ao olhar para o histórico do diferencial, a média fica entre 10% e 20%. O que está por trás dessa retomada, como explicam os analistas, é uma visão relativamente melhor sobre a ação por parte dos investidores estrangeiros. Enquanto os investidores locais são mais inclinados à liquidez local das ações preferenciais, os estrangeiros preferem as ADRs dos papéis ordinários.

Hacking e Ojea acreditam que o aumento no diferencial também pode ser explicado pelos investidores tomando posições compradas em ações da Vale cobertas com uma posição correspondente negativa contra os preços do minério de ferro. “Isso nos parece lógico, com a Vale sendo negociada em uma mínima de vários anos e os preços do minério de ferro recuperando-se e subindo para 130 dólares a tonelada”, explicam os analistas.

Apesar das preocupações com a economia chinesa, principal parceira de negócios da Vale, crescendo a um ritmo mais lento, os preços do minério de ferro e a produção de aço bruto indicam que a demanda das indústrias chinesas pode estar mais forte do que era previsto e os investidores estariam se posicionando para aproveitar o bom momento.

Outro possível fator por trás do diferencial citado pelos analistas é a renovação do acordo de acionistas da Vale, em 2017. No entanto, espera-se que isso ocorra com as ações ordinárias movendo-se dentro do grupo (da Previ para a Valepar), mas não para fora do grupo. “Isto é, a mudança não deve ser relevante para o diferencial, em nossa opinião”, explicam Alexander e Thiago.

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