TikTok (SOPA Images/Getty Images)
O presidente da Comissão Federal para as Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Brendan Carr, pediu para que a Apple (APPL34) e a Alphabet (GOOGL34), controladora do Google, removam o TikTok de suas lojas de aplicativos.
Carr compartilhou na terça-feira via Twitter uma carta aos CEO da Apple, Tim Cook, e ao CEO da Alphabet, Sundar Pichai, onde apontou relatórios e outros desenvolvimentos que fazem do TikTok não compatível com as políticas da loja de aplicativos das duas empresas.
“O TikTok não é o que parece ser na superfície. Não é apenas um aplicativo para compartilhar vídeos engraçados ou memes. Essa é a roupa de ovelha”, escreveu Carr na carta.
“Em sua essência, o TikTok funciona como uma ferramenta de vigilância sofisticada que coleta grandes quantidades de dados pessoais e confidenciais", concluiu o presidente da Comissão.
A carta de Carr, datada de 24 de junho em papel timbrado da FCC, salienta que se a Apple e a Alphabet não removerem o TikTok de suas lojas de aplicativos, deverão fornecer declarações para a Comissão até dia 8 de julho.
As declarações devem explicar “a base para a conclusão de sua empresa de que o acesso sub-reptício de dados privados e confidenciais de usuários dos EUA por pessoas localizadas em Pequim, juntamente com o padrão de representações e conduta enganosas do TikTok, não entra em conflito com nenhuma de suas políticas de loja de aplicativos".
A carta de Carr citou uma reportagem do BuzzFeed News do início do mês que dizia que gravações de declarações de funcionários do TikTok indicavam que engenheiros na China tiveram acesso a dados dos EUA entre setembro de 2021 e janeiro de 2022. A matéria do BuzzFeed incluiu uma declaração de um porta-voz do TikTok.
No dia 17 de junho, mesmo dia da publicação da matéria do BuzzFeed, o TikTok anunciou que estava roteando todo o tráfego de usuários dos EUA para o Oracle Cloud Infrastructure e estava movendo os dados privados dos usuários dos EUA de seus próprios data centers nos EUA e Singapura para servidores em nuvem da Oracle nos EUA.
O popular aplicativo de vídeos curtos é de propriedade da empresa chinesa ByteDance, acusada de espionagem pelo governo dos EUA já durante a Presidência de Donald Trump.
Alphabet, Apple e TikTok não se manifestaram sobre o pedido do FCC.