Estácio: mudança no rumo das ações (Divulgação/Divulgação)
Rita Azevedo
Publicado em 26 de abril de 2018 às 16h11.
São Paulo -- As ações da Estácio caem mais de 6% nesta quinta-feira, mesmo após a companhia divulgar lucro líquido de 197,4 milhões de reais no primeiro trimestre -- 62% mais que no mesmo período de 2017.
Em teleconferência com analistas, o presidente da companhia, Pedro Thompson, afirmou que o processo de captações no começo deste ano foi bem difícil, impactado fortemente pelas mudanças nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O executivo também informou que a Estácio implantou uma política de descontos para as primeiras mensalidades de alunos calouros, frente à maior concorrência no setor.
A combinação das duas notícias fez com que a preocupação dos investidores com os números futuros da Estácio aumentasse. Os papéis da companhia, que chegaram a subir 4% durante a manhã, caíam 6,4% por volta das 16h. No mesmo horário, o Ibovespa tinha ganhos de 1,5%, na casa dos 86.320 pontos.
Nos três primeiros meses do ano, as receitas do grupo de educação subiram 14,2% na comparação anual, para 953,7 milhões de reais. O resultado operacional medido pelo lucro ante de juros, impostos, depreciação e amortização somou 330,1 milhões de reais, alta de 53,7%. A margem Ebitda avançou 9,1% para 35,3%.
Os custos com serviços prestados recuaram 8,5%, puxado pela queda de 10,6% nos gastos com pessoal, após a empresa ter realizado em dezembro uma reestruturação interna, com a demissão de centenas de professores.
A Estácio adicionou no primeiro trimestre 143,5 mil alunos de gradução presencial e de ensino a distância (EAD), ante 148,3 mil no mesmo período do ano anterior. Mas como o período de captação se estendeu a abril, até o fim de abril a captação somou 165,8 mil alunos ante 160,2 mil no mesmo período de 2017.
A Estácio fechou março com 546 mil alunos, alta de 0,7% na comparação anual, puxada pelo crescimento de 16,9% nos alunos EAD, já que no ensino presencial a base de alunos recuou 6,7%.
O ticket médio no ensino presencial subiu 17,6% para 789,80 reais, enquanto na educação à distância o avanço foi de 28,5% , a 267,40 reais.
Com agência Reuters.