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Esperança com Europa persiste; Copom é destaque local

Já os balanços corporativos dos Estados Unidos sugerem cautela

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 20h25.

São Paulo - As perspectivas de solução para a crise de dívida na zona do euro seguiam amparando o otimismo de investidores nesta quarta-feira, apesar de a safra de balanços corporativos nos Estados Unidos trazer alguma cautela.

No Brasil, os agentes estão em compasso de espera pela decisão de política monetária do Banco Central (BC), prevista para após o fechamento dos mercados. A grande maioria dos economistas consultados em pesquisa da Reuters prevê que o BC reduzirá a Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,50 por cento ao ano. Mas há instituições que estimam um corte mais forte, de até 1 ponto.

Os contratos de DI mostravam leve baixa, em meio aos ajustes finais antes da decisão. O dólar era cotado em ligeira alta ante o real, após cair quase 1 por cento logo após a abertura.

Números do Banco Central (BC) apontaram que o fluxo cambial ficou positivo em 3,403 bilhões de dólares em outubro até o dia 14, número um pouco abaixo do registrado nos primeiros cinco dias do mês, devido a uma leve saída de recursos na semana passada. A Bovespa oscilava perto da estabilidade, numa sessão volátil.

Em Nova York, os principais índices de ações não mostravam direção comum: o S&P 500 e o Nasdaq recuavam, este último repercutindo o resultado da Apple divulgado na véspera e que veio aquém do esperado, enquanto o Dow Jones subia, ainda por esperanças de uma resolução breve para a crise que afeta a zona do euro.

O índice europeu de ações fechou em alta de 0,5 por cento, segundo dados preliminares.

O otimismo ainda decorria da notícia, reportada na terça-feira pelo jornal britânico The Guardian, de que Alemanha e França teriam chegado a um acordo para aumentar para 2 trilhões de dólares o fundo de resgate europeu.

Berlim, no entanto, negou que o fundo de socorro poderá ser elevado além dos 440 bilhões de euros já aprovados.

Segundo fontes, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que as negociações sobre um pacote para conter a crise na região estão paralisadas devido a divergências sobre métodos para aumentar o poder de fogo do fundo de resgate do bloco.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a se pronunciar sobre a recente turbulência nos mercados financeiros, dizendo que ela diminuiu o risco de superaquecimento no Brasil, Chile e Peru. A pauta internacional incluiu ainda dados mostrando que a inflação nos Estados Unidos, excluindo alimentos e energia, segue contida, enquanto a construção de casas novas aumentou no maior ritmo em um ano e meio.

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