Dólar: na semana, a moeda acumulou perda de 0,94% (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2014 às 17h27.
São Paulo - A moeda norte-americana terminou o primeiro dia útil de maio em baixa, influenciada pelas especulações em torno de mais uma rodada de pesquisa de intenção de votos para as eleições de outubro.
Os dados mais fortes do mercado de trabalho norte-americano impulsionaram a moeda mais cedo, da mesma forma que a crescente tensão na Ucrânia, mas esse movimento ficou de lado à tarde.
O dólar balcão terminou o dia em baixa de 0,58%, a R$ 2,2210.
Na mínima, foi a R$ 2,2160 e, na máxima, a R$ 2,2440. Na semana, acumulou perda de 0,94%.
Às 16h40, o giro à vista negociado na sessão era de US$ 673,996 milhões, sendo de US$ 615,746 milhões em D+2, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa.
No mesmo horário, o dólar futuro para junho recuava 0,67%, a US$ 2,2380.
Um profissional consultado comentou que o mercado cambial exibiu dois movimentos distintos.
"Primeiro, acompanhou o payroll e, depois, os rumores de que a presidente Dilma (Rousseff) vai ter nova queda em pesquisa eleitoral (prevista para os próximos dias)", destacou.
O que puxou a moeda para cima pela manhã, segundo ele, foi o dado bem mais forte do que as previsões do relatório do mercado de trabalho dos EUA.
Foram criadas 288 mil vagas no mês passado, ante previsão de +215 mil, e a taxa de desemprego recuou bem mais do que o previsto, para 6,3%, de 6,7% em março.
A estimativa era de que iria a 6,6%. A leitura é de que o Federal Reserve deve manter os cortes nos estímulos à economia e o início da alta de juros pode ocorrer mesmo em meados de 2015.
Aqui, à tarde, saíram os dados da balança comercial de abril, mas sem impacto substancial nas cotações, segundo um especialista em câmbio.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial registrou superávit de US$ 506 milhões em abril, com exportações de US$ 19,724 bilhões, e importações de US$ 19,218 bilhões.
O resultado veio dentro das estimativas dos economistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, mas acima da mediana de US$ 225 milhões.
As 26 instituições ouvidas pelo Broadcast,serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, projetaram que a balança comercial brasileira fecharia com um resultado entre um déficit de US$ 1 bilhão e um superávit de US$ 700 milhões.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, o saldo ficou negativo em US$ 5,566 bilhões. As exportações no ano somam US$ 69,312 bilhões e as importações, US$ 74,878 bilhões.