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Espanha tem sucesso em leilão apesar de dúvidas sobre BCE

Os resultados melhoraram o sentimento do mercado, com o prêmio que investidores pagam para deter dívida espanhola em vez da alemã recuando após o leilão

A Espanha vendeu 3,1 bilhões de euros em títulos, superando a meta de 2 bilhões a 3 bilhões de euros (Philippe Huguen/AFP)

A Espanha vendeu 3,1 bilhões de euros em títulos, superando a meta de 2 bilhões a 3 bilhões de euros (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 09h04.

Madri - A Espanha passou em um importante teste nesta quinta-feira ao facilmente vender 3,1 bilhões de euros em dívidas com yields bem abaixo dos picos recentes, apesar de investidores duvidarem se o Banco Central Europeu (BCE) agirá na reunião desta quinta-feira para ajudar as economias problemáticas da zona do euro.

Embora o Tesouro tenha sido forçado a pagar o segundo maior rendimento em seu papel de 10 anos desde o lançamento do euro em 1999, analistas disseram que o leilão foi sólido no atual contexto. O custo de empréstimo para mais de 10 anos foi de 6,65 por cento, ante o pico de 7,64 por cento no mercado secundário na semana passada.

Os resultados melhoraram o sentimento do mercado, com o prêmio que investidores pagam para deter dívida espanhola em vez da alemã recuando após o leilão.

Os yields dos títulos espanhóis, que haviam atingido máximas da era do euro devido à possibilidade de Madri ter que pedir um resgate integral, caíram na semana passada depois que o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o banco central faria o que fosse necessário para salvar a moeda, dentro de suas responsabilidades.

No mesmo espírito, os custos de empréstimos da Itália também recuaram em uma leilão na segunda-feira, sugerindo que Draghi no mínimo fez os yields recuarem.

Nesta quinta-feira, a Espanha vendeu 3,1 bilhões de euros em títulos, superando a meta de 2 bilhões a 3 bilhões de euros, embora tenha pago taxas mais altas do que a última vez que os títulos foram vendidos em um leilão primário.

O Tesouro levantou 1 bilhão de euros com o título de vencimento mais longo, para 31 de janeiro de 2022, com yield médio pouco abaixo de 6,65 por cento ante 6,43 por cento em 5 de julho no mercado primário. O yield no mercado secundário havia alcançado 7,639 por cento em 24 de julho, antes de Draghi se pronunciar.

Um título para 30 de julho de 2014 vendeu 1,1 bilhão de euros a um yield de 4,77 por cento. O mesmo título foi vendido da última vez em leilão primário em março de 2011 a um yield de 3,59 por cento.

Um título com vencimento em 31 de outubro de 2016 foi vendido com yield de 5,97 por cento, ante 5,54 por cento em 5 de julho. O Tesouro vendeu 1 bilhão de euros do papel.

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