Mercados

Espanha faz emissão com os juros mais elevados desde 2000

O Tesouro Público espanhol colocou 3,039 bilhões de euros em títulos a 12 e 18 meses, adjudicados a juros marginais de 5,2% e de 5,35%, o mais elevado em 12 anos

O leilão acontece após uma "segunda-feira negra" para a Espanha nos mercados (Frank Rumpenhorst/AFP)

O leilão acontece após uma "segunda-feira negra" para a Espanha nos mercados (Frank Rumpenhorst/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 10h32.

Madri - O Tesouro Público espanhol colocou 3,039 bilhões de euros em títulos a 12 e 18 meses, adjudicados a juros marginais de 5,2% e de 5,35%, o mais alto desde o ano 2000.

A demanda das entidades superou os 8 bilhões de euros com o que, como é habitual nas emissões espanholas, a proporção entre a demanda e a quantidade adquirida foi muito elevada, de 2,6 vezes.

O leilão acontece após uma "segunda-feira negra" para a Espanha nos mercados, nos quais o prêmio de risco fechou em 574 pontos, após alcançar 588, e o bônus espanhol a dez anos alcançou juros de 7,15%.

O chefe do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, expressou ontem na Cúpula do G20 seu descontentamento pelo mecanismo de ajuda aos bancos espanhóis, que considera "extremamente prejudicial" porque vincula o risco bancário ao risco soberano.

O leilão de hoje, que ultrapassou ligeiramente o objetivo inicial - entre 2 bilhões e 3 bilhões de euros - foi também o primeiro após o rebaixamento de três degraus aplicado pela agência de medição de riscos Moody"s à Espanha.

A Espanha deve realizar na próxima quinta-feira outra emissão de dívida, na qual espera captar entre 1 bilhão e 2 bilhões de euros em bônus a dois, três e cinco anos, com vencimento em 2014, 2015 e 2017. 

Acompanhe tudo sobre:EspanhaEuropaLeilõesMercado financeiroPiigsTítulos públicos

Mais de Mercados

Microsoft supera Apple como empresa mais valiosa do mercado americano

Planos de saúde reduzem reajustes para pequenas empresas, mostra BTG

Balanços das Big Techs animam e bolsas nos EUA caminham para apagar quedas pós-tarifaço

Um refresco no meio do caos tarifário? Estes analistas recomendam ações da Heineken