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Espanha capta três bi de euros com títulos, mas eleva juros

País captou 1,238 bilhão de euros em bônus a três anos, com uma rentabilidade de 5,197%, índice abaixo dos 5,51% das negociações de 7 de junho

Espanha: o leilão ocorreu a poucas horas da reunião na qual se espera que o BCE reduza a taxa de juros oficial a 0,75% (Philippe Huguen/AFP)

Espanha: o leilão ocorreu a poucas horas da reunião na qual se espera que o BCE reduza a taxa de juros oficial a 0,75% (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 07h11.

Madri - O Tesouro Público espanhol captou nesta quinta-feira 3 bilhões de euros em títulos da dívida, seu objetivo máximo de emissão, mas teve de oferecer uma rentabilidade de 5,19% e de 5,62% nos bônus a três e quatro anos, e de 6,50% na dívida a 10 anos, os juros mais altos desde novembro de 2011.

Neste primeiro leilão desde a cúpula da UE na qual foi acordada a capitalização direta dos bancos, a Espanha captou 1,238 bilhão de euros em bônus a três anos, com uma rentabilidade de 5,197%, índice abaixo dos 5,51% das negociações de 7 de junho.

O Tesouro espanhol também colocou 1,014 bilhão em bônus a cinco anos, embora vençam em apenas quatro, com um rendimento de 5,62%, abaixo dos 5,44% da última negociação.

Por fim, a Espanha captou 747,21 milhões em títulos a dez anos, mas teve de oferecer um rendimento de 6,5%, superior aos 6,12% do leilão de 7 de junho e o mais alto desde novembro de 2011, quando superou 7%.

A demanda dos três tipos de bônus ultrapassou em muito o objetivo de arrecadação do Tesouro espanhol, de entre 2 bilhões e 3 bilhões de euros, ao chegar a 7,8 bilhões.

A negociação aconteceu em um momento de grande tensão nos mercados, com o prêmio de risco espanhol em 506 pontos básicos, devido, segundo os analistas consultados, à pressão exercida nos últimos dias pelos investidores para beneficiar-se de taxas de juros mais altas.

O leilão também ocorreu a poucas horas da reunião na qual se espera que o Banco Central Europeu (BCE) reduza a taxa de juros oficial a 0,75%, no que seria um mínimo histórico para a zona do euro.

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