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Entrada líquida de estrangeiros na bolsa é a maior em 5 anos

Saldo líquido positivo no ano passado somou 20,3 bilhões de reais, ante 11,7 bilhões de reais em 2013


	Operadores na Bovespa: saldo líquido positivo no ano passado somou 20,3 bilhões de reais, ante 11,7 bilhões de reais em 2013
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: saldo líquido positivo no ano passado somou 20,3 bilhões de reais, ante 11,7 bilhões de reais em 2013 (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 13h13.

São Paulo - A Bovespa fechou 2014 com a maior entrada líquida de capital externo em cinco anos, de acordo com dados divulgados pela BM&FBovespa nesta segunda-feira, mas as perspectivas para os próximos 12 meses não são as mais animadoras.

O saldo líquido positivo no ano passado somou 20,3 bilhões de reais, ante 11,7 bilhões de reais em 2013. Em 2009, ano em que houve a maior entrada de capital externo na bolsa brasileira, o ingresso totalizou 20,6 bilhões de reais.

O ano de 2014 foi marcado por forte volatilidade no mercado acionário local, em particular perto do período eleitoral em outubro. O Ibovespa , índice que reúne as ações com maior liquidez, fechou o ano com uma perda de 3 por cento. Em relação ao fluxo de estrangeiros, apenas três meses registraram saldo negativo no ano passado: janeiro, outubro e dezembro.

A manutenção dos juros baixos principalmente nos Estados Unidos, a crise na Rússia --que levou muitos fundos focados em mercados emergentes a realocarem seus recursos-- e a depreciação cambial foram alguns fatores citados por profissionais no mercado para explicar o resultado positivo do fluxo para ações brasileiras, apesar da fraca atividade e incertezas econômicas no país.

Mas 2015 começa com expectativa de elevação das taxas de juros nos EUA, o que tende a reduzir a ampla liquidez global e esfriar parte das operações de arbitragem com os juros baixos e índices de ações no Brasil. O quadro desfavorável para commodities como o minério de ferro e petróleo também reforça dependência nos próximos passos da nova gestão da presidente Dilma Rousseff, a fim de colocar a economia nos trilhos, com atenção especial de investidores para um aguardado ajuste fiscal.

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