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Mercados em vertigem: Bolsas nos EUA fecham em queda em dia de montanha-russa tarifária

Guerra comercial alimenta volatilidade; após subir mais de 4%, Nasdaq fecha em baixa de 2% e tem maior reversão de alta em um só dia desde 1982

Bolsas de NY sobem com possibilidade de negociações das tarifas e fôlego do setor de tecnologia   (Brendan McDermid/Reuters)

Bolsas de NY sobem com possibilidade de negociações das tarifas e fôlego do setor de tecnologia (Brendan McDermid/Reuters)

Juliana Alves
Juliana Alves

Repórter de mercados

Publicado em 8 de abril de 2025 às 12h45.

Última atualização em 8 de abril de 2025 às 17h32.

Num pregão de volatilidade vertiginosa, as bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em queda nesta terça-feira, 8, com a escalada da guerra tarifária.

As perdas de ações ganharam força depois que os Estados Unidos decidiram dobrar a aposta nas tarifas contra a China, prometendo mais 50% em taxas -- totalizando 104% ao todo -- aos produtos chineses a partir da meia noite de amanhã.

O S&P 500 fechou em queda de 2,15%, aos 4.987 pontos, perto do território de "bear market", ou seja, com queda de 20% em relação ao último pico histórico. Já o Nasdaq Composite caiu 2,15%, enquanto o Dow Jones caiu 0,84%.

O dia foi de montanha-russa nos mercados acionários. O clima era de otimismo na manhã, quando o S&P 500 e a Nasdaq chegaram a subir mais de 4%, depois que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, comunicou que o governo Trump estaria aberto a negociar para reduzir tarifas.

O grau da volatilidade mostra o quanto as tarifas de Trump jogaram os investidores numa espiral de incerteza. O índice Nasdaq hoje a maior reversão de ganhos em um só dia desde 1982, de acordo com o Dow Jones Market Data. O indicador fechou a subir 4,57% no dia. No caso do S&P, que bateu máxima de 4,05%,  foi a maior reversão de alta desde outubro de 2008, no auge da crise financeira.

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