Vendas contratadas caíram no segundo trimestre, somando 205,9 milhões de reais (ante 238,1 milhões de reais no 2T10), uma queda de 13% na passagem anual
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2011 às 14h13.
São Paulo – Endividamento. Aí está o ponto mais vulnerável ao avaliar o perfil operacional da Rodobens (RDNI3), segundo a corretora Planner. A companhia divulgou seus números referentes ao segundo trimestre de 2011. No período, a empresa registrou prejuízo líquido de 8,2 milhões de reais, contra um lucro líquido de 17,7 milhões no mesmo período do ano anterior.
O analista Ricardo Tadeu Martins lembra que o principal foco da empresa tem sido a redução de seu endividamento, que já mostrou efeitos positivos neste trimestre. A relação dívida líquida sobre o patrimônio caiu de 85,6% em março para 69,4% em junho, ficando em R$ 510,7 milhões.
“Trata-se de um valor ainda considerado elevado para a empresa. No entanto, vale destacar que no segundo trimestre já não houve queima de caixa líquido”, diz Martins.
A Rodobens tem enfatizado desde o final do ano passado que daria prioridade à redução de seu endividamento. Com isso, foram reduzidos os lançamentos, buscando ajustar o ritmo de obras aos valores contratados, além de outras medidas citadas pela companhia.
As vendas contratadas caíram no segundo trimestre, somando 205,9 milhões de reais (ante 238,1 milhões de reais no 2T10), uma queda de 13% na passagem anual.
“No momento não recomendamos os papéis da Rodobens como opção de investimento. Consideramos que, além das dificuldades do setor imobiliário, a empresa ainda levará um tempo para mostrar a efetividade das medidas adotadas sobre seus resultados”, conclui Martins.
Em 2011, as ações ordinárias da Rodobens registram uma desvalorização de 33%, enquanto o índice que mede o desempenho do setor imobiliário na bolsa, o IMOB, cai 22%.