Burger King: operador local da rede de lanchonetes está na fila dos IPOs (Daniel Acker/Bloomberg/Bloomberg)
Rita Azevedo
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 14h37.
Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 14h50.
Empresas tentam finalizar ofertas públicas iniciais de ações ainda neste ano antes que a corrida presidencial de 2018 afugente os investidores. O apetite dos investidores continua grande nas vésperas do último mês de 2017.
A unidade da Petrobras, BR Distribuidora, o operador local do Burger King e a empresa de energia Neoenergia estão entre as que pretendem fazer ofertas públicas de ações. Se essas ofertas forem concluídas pelo preço médio da faixa indicativa, o Brasil poderá somar mais de R$ 25 bilhões em IPOs neste ano -- maior volume desde 2007, quando atingiu o recorde histórico de R$ 52,6 bilhões --, segundo dados compilados pela Bloomberg.
“Obviamente, ano que vem é um ano complicado, tem eleições no México, Brasil, Colômbia, e períodos eleitorais sempre trazem mais incerteza”, disse Roberto Serwaczak, responsável pela área de equities para América Latina do Citigroup, em entrevista.
“As pessoas estão procurando antecipar as transações; quanto mais cedo, melhor”, disse.
A BR Distribuidora e Neoenergia querem captar até R$ 7,5 bilhões e R$ 4,2 bilhões, respectivamente, segundo os prospectos das ofertas; o Burger King pode levantar até R$ 2,5 bilhões.
A fase de bonança dos IPOs pode continuar no início do ano que vem, com ofertas como da empresa farmacêtica Blau, do Banco Inter, da varejista de artigos esportivos Centauro e da Algar Telecom. A varejista de brinquedos Ri Happy, controlada pelo Carlyle Group, também teria interesse em fazer uma oferta pública de ações em 2018, segundo notícias publicadas na mídia.