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Empiricus vai se juntar à Vítreo para oferecer plataforma de investimentos

Sociedade, chamada Universa, deve se beneficiar da migração de investidores da poupança e da renda fixa para opções mais sofisticadas como ações

Os sócios Caio Mesquista, Rodolfo Amstalden 
e Felipe Miranda: Empiricus em nova fase (Germano Luders/Exame)

Os sócios Caio Mesquista, Rodolfo Amstalden e Felipe Miranda: Empiricus em nova fase (Germano Luders/Exame)

DG

Denyse Godoy

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 16h14.

Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 16h46.

A casa de análise de investimentos Empiricus anunciou nesta sexta-feira, 9, um plano de formar uma sociedade com a corretora de valores e gestora online Vítreo para oferecer ao cliente a opção de executar suas indicações de aplicação em fundos, ativos de renda fixa e ações de empresas na mesma plataforma.

Na transação, a Empiricus — maior casa de análises do país, com 365.000 assinantes e faturamento anual de 250 milhões de reais — e a Vítreo — que tem 75.000 clientes e 6,6 bilhões de reais sob custódia — serão reunidas sob a holding Universa. Os sócios da Empiricus ficarão com uma fatia de cerca de 60% na Universa, enquanto os da Vítreo terão perto de 40%. O negócio depende da autorização do Banco Central.

A Empiricus já tinha uma parceria publicitária com a Vítreo, que também criou produtos de investimentos com base em carteiras de ativos recomendados pela casa de análise. Há tempos a Empiricus vinha manifestando o interesse em completar o ciclo de investimento do cliente. Para a Vítreo, a transação é uma oportunidade de ter acesso direto de longo prazo a um número maior de investidores.

"Estamos muito felizes e animados. Esse é um passo importante para consolidar a Empiricus em outro patamar", diz Felipe Miranda, um dos fundadores da casa de análise.

A sociedade deve se beneficiar da forte migração de investidores de aplicações de renda fixa para alternativas mais sofisticadas. Neste ano, mesmo com o novo coronavírus causando a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, a bolsa de valores B3 ganhou quase 1,4 milhão de investidores, evidenciando o interesse do brasileiro em diversificar suas aplicações.

"Lançamos nesta semana um fundo que investe em ações de empresas de tecnologia da Ásia e já captamos 100 milhões de reais de 6.000 cotistas", afirma Patrick O'Grady, presidente da Vítreo, que foi fundada em 2018 em São Paulo. "Isso é fruto da queda da taxa de juro, que agora está em 2%. O crescimento do número de pessoas buscando informação e assessoria para investimentos é uma tendência positiva para vários atores do mercado financeiro brasileiro."

No ano que vem, a Universa pretende lançar um superaplicativo com seus produtos de investimento, uma conta digital e empréstimos. Em três anos, a Empiricus projeta chegar a 1 milhão de assinantes, e a Vítreo estima alcançar 30 bilhões de reais sob custódia.

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