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Empire State Building começa abertura de capital

O Empire State tem cerca de 2,8 mil acionistas, dos quais 80% votaram a favor do lançamento de ações


	Com 102 andares, o prédio começou em 2009 um projeto para se modernizar e cortar custos, sobretudo com economia de energia elétrica
 (Daniel Schwen/Wikimedia Commons)

Com 102 andares, o prédio começou em 2009 um projeto para se modernizar e cortar custos, sobretudo com economia de energia elétrica (Daniel Schwen/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 17h07.

Nova York - O prédio mais famoso de Nova York, o Empire State Building, começou a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), que deve render por volta de US$ 1 bilhão, e quer estrear na bolsa de valores como um arranha-céu sustentável e moderno, apesar de a construção ter sido concluída em 1931.

Com 102 andares, o prédio começou em 2009 um projeto para se modernizar e cortar custos, sobretudo com economia de energia elétrica. Dentro deste projeto, as 6.514 janelas do edifício foram reformadas para aproveitar melhor a luz do dia.

Ao todo, espera-se economia de US$ 4,4 milhões por ano com custos de energia com a finalização do projeto, o que equivale a uma queda de 38% nas despesas com eletricidade. O projeto todo só terminará em 2016 e ainda pode exigir investimentos de até US$ 115 milhões, incluindo reforma do lobby e das áreas públicas e instalação de elevadores inteligentes, de acordo com o prospecto do IPO.

Numa entrevista a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros, da qual a Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, participou como único meio de comunicação social brasileiro, o presidente da Malkin Holdings, a empresa que controla o prédio, Anthony Malkin, não pôde falar do processo de abertura de capital por causa do período de silêncio imposto pela regulação americana.

Mas Malkin falou do projeto e afirmou que os investimentos para modernizar o Empire State e cortar custos de energia e emissão de poluentes já contribuíram para aumentar a taxa de ocupação com clientes de primeira-linha e também para subir o preço do aluguel. Algumas das empresas que foram para lá recentemente são a rede social de executivos LinkedIn, a fabricante de cosméticos Coty e a Corporação Federal de Seguro de Depósitos dos EUA (FDIC, na sigla em inglês).

O IPO é coordenado pelo Bank of America Merrill Lynch e pelo Goldman Sachs. A expectativa é que seja concluído em julho. Na prática, quem abre o capital é a Empire State Realty Trust, holding formada por outros 19 prédios, dos quais o Empire State é o maior e mais conhecido. A oferta de ações pode ser uma das maiores do setor imobiliário dos últimos anos, mas envolveu discussões e brigas entre alguns sócios do prédio.

O Empire State tem cerca de 2,8 mil acionistas, dos quais 80% votaram a favor do lançamento de ações. A família Malkin, controladora do prédio, brigava há meses com alguns acionistas que não concordavam com a abertura de capital. O IPO foi aprovado em 29 de maio. De acordo com o prospecto, a prédio tem receita anual de cerca de US$ 200 milhões.

Em Nova York, o Empire State Building é um dos locais mais procurados por turistas. Por ano, recebe 4 milhões de visitantes no observatório, no terraço com vista de Manhattan. Ao todo, são 30 mil funcionários. Malking diz que os controladores chegaram à conclusão há alguns anos de que, se o prédio não fosse modernizado, era melhor que fosse vendido.

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