Companhia de Gás de São Paulo (Comgás): estimativa inicial da empresa era que a emissão fosse de 400 milhões de reais (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 14h03.
Rio de Janeiro - A Comgás, distribuidora de gás natural canalizado que atua em São Paulo, retomou a operação de emissão de debêntures em infraestrutura, que havia sido interrompida em abril, e, agora, estima que possa levantar até 520 milhões de reais, afirmou o diretor-presidente da empresa Luis Henrique Guimarães.
A estimativa inicial da empresa era que a emissão fosse de 400 milhões de reais. "O prospecto da operação já (está no mercado). É de 400 milhões podendo chegar até 520 milhões dependendo da demanda e da nossa necessidade de captação", afirmou o executivo a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
O processo de emissão foi retomado pela Comgás recentemente, depois da sinalização do governo de que vai realmente conceder incentivos para esse tipo de operação. O governo promete incentivos fiscais aos compradores desse papéis, o que na teoria pode turbinar a compra de papéis no mercado nacional e ajudar na expansão da infraestrutura do país.
O executivo espera que a regulamentação desses incentivos seja publicada pelo governo em breve para a Comgás dar continuidade à operação. "Retomamos o processo das debêntures e o Ministério deve finalizar a portaria sobre o tema essa semana. Ela agora vai incluir gás de distribuição que é o nosso caso e tudo indica que isso está saindo. Só tínhamos suspendido em abril por conta disso", disse Guimarães.
A Comgás pretende investir esse ano pelo menos 800 milhões de reais em fortalecimento e extensão da sua rede.
A previsão da empresa é crescer nos próximos anos em cerca de 120 mil clientes ao ano só com a rede já implantada e em operação. "Temos uma rede muito distribuída que nos permite crescer o volume mesmo sem grandes expansões. Com a nossa base instalada podemos ter crescimento", disse ele.
A perspectiva é que o volume de vendas da Comgás neste ano no segmento residencial avance cerca de 10 por cento. No setor comercial, a perspectiva é de crescimento entre 5 e 6 por cento, e no industrial "vai depender da expansão do PIB", informou o executivo.