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Em tom de cautela, bolsas asiáticas fecham sem direção única

Enquanto Xangai Composto e bolsa de Tóquio têm leve queda, índices de Hong Kong e Seul fecham em alta

Painel com cotações na B3, a bolsa de valores brasileira: aumento das ações no Ibovespa (NurPhoto/Getty Images)

Painel com cotações na B3, a bolsa de valores brasileira: aumento das ações no Ibovespa (NurPhoto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de abril de 2019 às 07h47.

Última atualização em 8 de abril de 2019 às 09h38.

São Paulo — As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, repercutindo dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho americano e sinais de novos estímulos na China, mas também mostrando cautela antes de uma temporada de balanços dos EUA que promete ser difícil.

Na sexta-feira, 5, os Estados Unidos anunciaram a criação de 196 mil empregos em março, superando a expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam geração de 175 mil vagas.

Já no fim de semana, a China prometeu intensificar sua política de reduzir compulsórios bancários direcionados de forma a estimular financiamentos para pequenas e médias empresas, que têm papel-chave para o crescimento da segunda maior economia do mundo.

Após um feriado na última sexta, o principal índice acionário chinês, o Xangai Composto chegou a renovar máximas em 13 meses hoje, mas acabou encerrando o dia em baixa marginal de 0,05%, a 3.244,81 pontos, à medida que ações financeiras mostraram fraqueza. Com isso, o Xangai interrompeu uma sequência de cinco pregões de valorização. O menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,55%, a 1.770,20 pontos.

Antes do feriado, os mercados chineses acumularam ganhos em meio à avaliação de que Estados Unidos e China caminham no sentido de fechar um acordo comercial, depois de encerrarem uma nova rodada de discussões comerciais em Washington, no fim da semana passada. Em comunicados oficiais, tanto os americanos quanto os chineses falaram em "progressos" nas últimas negociações.

No entanto, há uma ameaça mais adiante à medida que grandes bancos dos EUA se preparam para iniciar o que analistas esperam ser o primeiro trimestre de queda nos lucros corporativos desde 2016. JPMorgan Chase e Wells Fargo divulgam seus resultados na próxima sexta (12).

Antes disso, na quarta-feira (10), o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) publica a ata de sua última reunião de política monetária. Após elevar juros em quatro ocasiões no ano passado, o Fed vem mantendo as taxas inalteradas desde então e já sinalizou que não pretende ajustá-las até pelo menos o fim de 2019.

Também na volta de feriados, o Hang Seng subiu 0,47% hoje em Hong Kong, a 30.077,15 pontos, graças ao bom desempenho de grupos farmacêuticos, e o Taiex avançou 0,90% em Taiwan, a 10.800,57 pontos. No Japão, por outro lado, o Nikkei caiu 0,21%, a 21.761,65 pontos, uma vez que o iene se fortaleceu ante o dólar durante a madrugada. Em Seul, o sul-coreano Kospi teve ligeira alta de 0,04%, a 2.210,60 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana se recuperou de perdas recentes, impulsionada por ações de petrolíferas e de mineradoras, que se beneficiam de avanços nos preços do petróleo e do minério de ferro. O S&P/ASX subiu 0,65% em Sydney, a 6.221,40 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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