Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,24%, a R$ 5,9107 — o maior valor de fechamento desde 28 de fevereiro. (SimpleImages/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 8 de abril de 2025 às 13h36.
Última atualização em 8 de abril de 2025 às 14h26.
Após abrir a terça-feira, 8, em queda, o dólar virou para a alta. Às 14h, a moeda norte-americana subia 1,54%, sendo cotada a R$ 6,0018. Na segunda-feira, a divisa fechou em alta de 1,24%, a R$ 5,9107 — o maior valor de fechamento desde 28 de fevereiro.
'Volatilidade insana': Movimentos extremos podem virar o novo normal no mercado de câmbioEnquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse pela manhã estar esperando uma resposta da China até às 13h [para retirar as tarifas de 34% impostas sobre produtos norte-americanos]. Alguns investidores enxergam isso como sinal de que ele estaria aberto a negociações com a segunda maior economia do mundo.
Pequim, no entanto, sinalizou que não pretende recuar, o que deve acelerar a guerra comercial entre as duas potências.
As tarifas de retaliação foram anunciadas por Pequim na sexta, 4, em resposta ao "tarifaço" implementado por Trump na quarta-feira, 2.
Caso a China não volte atrás, Trump ameaçou aplicar tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses, elevando as taxas para um total de 104%.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.