Notas de dólar: dólar à vista no balcão terminou nesta segunda-feira, 20, em baixa de 0,66%, a R$ 3,024 (AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2015 às 17h26.
São Paulo - O feriado de Tiradentes nesta terça-feira, 21, enxugou a liquidez no câmbio e deixou os negócios voláteis.
A moeda oscilou entre altas e baixas, mirando o comportamento do dólar no exterior e em meio a um pouco de ingresso de recursos.
Os dados da balança comercial influenciaram pontualmente os preços, sem mudar trajetória.
O dólar à vista no balcão terminou nesta segunda-feira, 20, em baixa de 0,66%, a R$ 3,024, depois de ter marcado R$ 3,023 (-0,69%), na mínima, e R$ 3,058 (+0,46%), na máxima. O giro da sessão totalizou US$ 500,3 milhões, sendo US$ 497,816 milhões em D+2. No mês, acumula perda de 5,50% e, no ano, alta de 13,9%. No mercado futuro, a moeda para maio caía 0,77%, às 16h46, a R$ 3,034.
Na abertura, a moeda foi pressionada para cima pela notícia de que a China cortou em um ponto porcentual o depósito compulsório para instituições financeiras comerciais, numa tentativa de estimular o crédito enquanto a economia demonstra desaceleração.
A ação chinesa, entretanto, fez o dólar se fortalecer não só ante o yuan, como também a várias outras divisas de países emergentes, entre eles o Brasil.
Assim, o dólar abriu em alta e logo renovou as máximas da sessão. Mas ainda pela manhã mudou de rumo e passou a cair, batendo as primeiras mínimas do dia. Esse vaivém foi estimulado pelo fluxo menor neste pregão-ponte - amanhã não há sessão em razão do feriado e, na quarta-feira, saem os dados do setor externo de março, além dos números semanais do fluxo cambial, informações que podem conduzir a trajetória da moeda norte-americana.
A moeda até tentou reagir aos dados da balança comercial, mas não teve fôlego para isso. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nas três primeiras semanas de abril, a balança acumula déficit de US$ 108 milhões. Apenas na semana passada, o resultado também foi negativo, em US$ 240 milhões.
Nos EUA, o dólar chegou a perder força mais cedo, pontualmente, depois que o Fed de Chicago informou que seu índice de atividade recuou de -0,18% em fevereiro para -0,42% em março, e também após o presidente do Fed de NY, William Dudley, ter se mostrado otimista sobre a recuperação da economia do país. Ele falou no evento do FMI.