Elon Musk, novo proprietário do Twitter (JIM WATSON/Getty Images)
Elon Musk desistiu formalmente da compra do Twitter (TWTR34) nesta sexta-feira, 8.
A notícia foi notificada ao Twitter através de uma carta enviada por Musk para os advogados do Twitter, onde acusa a rede social de "ter violado o acordo e não ter cumprido suas obrigações contratuais".
A carta foi protocolada na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
A possível interrupção das negociações entre o CEO da Tesla (TSLA34) e o Twitter já tinha sido antecipada nesta manhã pela imprensa americana.
As negociações para a aquisição de 100% do capital social do Twitter terminaram sem acordo por causa da quantidade de contas falsas presentes na rede social.
A compra do Twitter foi anunciada por Musk no dia 4 de abril de 2022 e envolveria um desembolso de US$ 44 bilhões.
Entretanto, o bilionário americano teria pedido para verificar se as contas falsas na rede sociais fossem menos de 5% do total.
Mas não são apenas os dados das contas falsas que preocupam os assessores do homem mais rico do mundo.
O preço das ações do Twitter caiu drasticamente desde o anúncio da oferta de Musk em abril. E isso teria também deixado o negócio caro demais.
No momento da oferta, as ações do Twitter chegaram a beirar os US$ 50 por papel, enquanto no pregão da última sexta-feira fecharam em cerca de US$ 36.
Os termos do acordo preliminar não facilitam a saída de Musk, que deveria pagar US$ 1 bilhão caso decida encerrar as negociações.
O fundador da Tesla concordou em realizar a compra a menos que algo importante aconteça com a atividade do Twitter, e os especialistas jurídicos duvidam que o problema das contas falsas entre nessa categoria.
Por isso, existe a possibilidade que Musk seja forçado a prosseguir com a transação.
Para o Washington Post, mesmo se Musk conseguisse convencer um juiz deixá-lo abandonar a mesa de negociação com o Twitter, "poderia ser forçado de todas as formas a pagar US$ 1 bilhão para a ruptura do acordo".