Eletropaulo pleiteava junto à CVM que essa reserva de ágio não fosse levada em conta no cálculo dos valores a serem pagos aos acionistas (Eletropaulo/Divulgação)
Reuters
Publicado em 6 de setembro de 2017 às 12h07.
São Paulo - A distribuidora de eletricidade AES Eletropaulo sofreu derrota no colegiado da Comissão de Valores Mobiliários, que decidiu que para aderir ao segmento de listagem "Novo Mercado" na bolsa B3 a empresa precisará pagar 16,10 reais por ação aos acionistas preferencialistas que decidirem não aderir à operação.
Ainda assim, a companhia disse em fato relevante nesta quarta-feira que "tal decisão não muda sua estratégia e proposta de migração" e que assembleias de acionistas foram agendadas para aprovar a transação em 12 de setembro.
A Eletropaulo buscava autorização para pagar um valor menor aos acionistas que não quiserem converter suas ações preferenciais da companhia em ordinárias, mas a CVM entendeu que a companhia deveria considerar nesse pagamento uma reserva de ágio registrada em seu balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2016, de 670,9 milhões de reais.
A distribuidora de energia controlada pela norte-americana AES pleiteava junto à CVM que essa reserva de ágio não fosse levada em conta no cálculo dos valores a serem pagos aos acionistas.
A decisão do colegiado da CVM seguiu opinião da área técnica da autarquia, de acordo com a Eletropaulo.
Em apresentação a acionistas no final de agosto, a AES Eletropaulo disse que prevê para 1° de novembro o início de negociações na bolsa apenas com ações ordinárias da companhia, como exigem as regras do Novo Mercado.