O empresário Eike Batista, CEO do Grupo EBX: o cancelamento da CCX poderia ocorrer menos de um ano após seus papéis terem estreado na bolsa (Mario Anzuoni/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 07h56.
Rio de Janeiro - O bilionário Eike Batista, controlador do grupo EBX, busca fechar o capital da CCX, e manifestou intenção de adquirir até 100 por cento das ações da empresa de carvão no mercado em Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações.
O preço máximo será de 4,31 reais por papel, a ser pago mediante permuta de ações detidas por Eike nas companhias de capital aberto da EBX, de acordo com fato relevante nesta segunda-feira.
As empresas abertas do grupo incluem a empresa de serviços navais OSX, a de mineração MMX, a de logística LLX, a de energia MPX e a de petróleo OGX.
Se bem sucedida, a oferta de Eike levará ao cancelamento de companhia aberta da CCX, menos de um ano após sua criação, como resultado de uma cisão da MPX após a parceria com a empresa alemã E.ON, cujo acordo definitivo foi assinado em abril de 2012.
A CCX é a responsável por um projeto de carvão na Colômbia.
"Cada acionista da CCX poderá, a seu exclusivo critério, definir quais as ações oferecidas pelo controlador que pretende receber no âmbito da relação de troca entre as ações da CCX objeto da OPA", segundo o comunicado.
O total de ações oferecidas está limitado a 2 por cento dos papéis de cada uma das companhias, disse o fato relevante, e, se a demanda por determinada ação for superior a esse percentual, haverá rateio proporcional nos termos de edital a ser divulgado.
Segundo o documento da CCX, Eike oferece cerca de 100 por cento a mais sobre o preço médio ponderado pelo volume dos últimos 30 pregões, e afirma que não haverá qualquer diluição dos acionistas de suas empresas abertas.
A relação de trocas por ações ainda serão estabelecidas e considerarão o valor máximo de 4,31 reais por papel da CCX.
Será convocada uma assembleia de acionistas da empresa de carvão, cuja data não foi definida, para deliberar sobre o cancelamento de registro de companhia aberta, assim como para a escolha de uma instituição para realizar laudo de avaliação das ações da CCX.
A ação da CCX fechou em forte alta de 44,9 por cento nesta segunda-feira, cotada a 3,13 reais. Apesar do forte avanço diário, o papel acumula desvalorização de mais de 60 por cento desde o fechamento em sua estreia na Bovespa em 25 de maio, de 8,51 reais.
O movimento de Eike para fechar o capital da CCX segue uma tentativa frustrada de uma operação semelhante pela LLX em setembro, mas ele desistiu de realizar a OPA após um laudo de avaliação ter sugerido preço acima do que ele oferecera.