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Eike anuncia venda de 1,54% do capital social da OGX

Empresário continua a vender lotes de ações das empresas diretamente no mercado para honrar dívidas de curto prazo


	Funcionário da OGX, do Grupo EBX: ação da companhia caiu 12,28% ontem e voltou à marca dos R$ 0,50
 (Divulgação)

Funcionário da OGX, do Grupo EBX: ação da companhia caiu 12,28% ontem e voltou à marca dos R$ 0,50 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 20h56.

São Paulo e Rio - Para honrar dívidas de curto prazo, o empresário Eike Batista continua a vender lotes de ações das empresas diretamente no mercado. Nesta quinta-feira, 29, Eike anunciou a venda de 1,54% do capital social da petroleira OGX. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informou também a venda de 5,38% do capital da empresa de construção naval OSX. E deixou claro que pretende continuar a realizar "vendas pontuais", conservando inalterada a posição nas empresas onde ainda se mantém como controlador.

Diante da cada vez mais difícil reestruturação do grupo, os papéis das empresas mais afetadas pela crítica situação do grupo EBX continuam derretendo na Bolsa de Valores. OGX caiu 12,28% ontem e voltou à marca dos R$ 0,50 a ação. Na mínima do dia bateu R$ 0,44, com queda de 22,8% sobre o fechamento do dia anterior.

Durante o dia, voltaram circular rumores da saída do BTG Pactual do processo de reestruturação do grupo e o desentendimento entre Eike e André Esteves, desmentido à noite pelo banqueiro a um colunista. "OGX voltando para a faixa dos cinquenta centavos, principalmente, em função da saída do BTG Pactual. Além disso, teve a confirmação de venda de ações do Eike que pesa muito em função da influência dela no índice", avalia Pedro Paulo da Silveira, diretor de Gestão da Vetorial Asset Management, no fim do pregão.

Além das vendas efetuadas pelo controlador, notícias desfavoráveis explicaram a queda. Entre as informações, destaque para suspensão do primeiro pagamento pela compra de 40% do campo de Tubarão Martelo pela malaia Petronas, que condicionou a conclusão do negócio ao equacionamento das dívidas de curto prazo da empresa.

Depois de enterrar os planos para os campos de Tubarão Tigre, Areia e Gato, e anunciar intenção de fazer o mesmo com Tubarão Azul em 2014, credores e investidores concentram em Martelo a esperança de que a companhia ainda possa vir a ter alguma produção relevante.

A plataforma OSX-3, com capacidade para armazenar 1,3 milhão de barris e produção diária de 100 mil barris, chegou nesta semana ao Rio de Janeiro, vindo de estaleiro em Cingapura, e será conectada ao campo, na Bacia de Campos, a 81 quilômetros da costa. Apenas depois de iniciada a produção poderá ser revisado o potencial de reserva.

No entanto, a previsão de um volume recuperável de 285 milhões de barris em Tubarão Martelo deve ser revista para baixo no ano que vem, segundo fonte da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A previsão é de início das atividades no quarto trimestre, ainda sem data marcada.

Tubarão Azul e Martelo ficam a 72 quilômetros de distância um do outro, em águas rasas da Bacia de Campos, em lâmina d'água de cerca de 100 metros. Tubarão Azul, a 60 quilômetros da costa, foi o primeiro a começar a produzir, no ano passado. Neste mês, está totalmente parado para manutenção e atividades estão previstas para serem retomadas no mês que vem.

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