Mercados

Twitter bate recorde de novos usuários diários e ação dispara 9%

Companhia espera manter engajamento com melhora de navegação e novas ferramentas e gastos com desenvolvimento e pesquisa sobem 36%

Twitter: base de usuários engajados cresce em meio à pandemia (Omar Marques/SOPA Images//Getty Images)

Twitter: base de usuários engajados cresce em meio à pandemia (Omar Marques/SOPA Images//Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 23 de julho de 2020 às 13h52.

Última atualização em 23 de julho de 2020 às 13h59.

As ações do Twitter chegaram a subir 8,96% na Bolsa de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), nesta quinta-feira, 23, após reportar que sua base de usuários diários cresceu 33,8% para 186 milhões entre o segundo trimestre deste ano e o do ano passado. A taxa de crescimento foi a maior já registrada. A quantia é a maior já registrada. Somente de fora dos Estados Unidos, foram 47 milhões de usuários diários em um ano, sendo 17 milhões no último trimestre.

O principal motor para o crescimento da audiência: o coronavírus. “O aumento foi impulsionado principalmente por fatores externos, como pedidos para que muitas pessoas fiquem em casa e aumento da conversa global sobre a pandemia do Covid-19 e outros eventos. O público e o engajamento aumentaram nas últimas semanas do primeiro trimestre, quando a pandemia do Covid-19 se tornou global e mantivemos esse público maior no segundo trimestre.”, afirmou a companhia em carta aos acionistas.

Mas embora não tenha fechado portas, como varejistas, ou deixado de operar, como as áreas, o Twitter não saiu ileso do período em que a pandemia fez seus maiores estragos na economia. Com a queda na demanda por anúncios, a companhia viu sua receita contrair 19% na comparação anual para 683 milhões de reais. Nos Estados Unidos – que representa 50,4% da receita com anúncios – a queda foi de 25%. A queda da receita total no segundo trimestre foi de 18% para 683 milhões de dólares, ficando abaixo da expectativa média de mercado de 700,23 milhões.

Já os custos da companhia tiveram uma alta anual de 5%, puxado pela área de pesquisa e desenvolvimento que teve aumento de gastos de 36% para 216 milhões de dólares. Com isso, o setor passou a concentrar 26,8% da despesa total da companhia, superando a área de marketing e vendas, que perdeu 14% do orçamento e passou a representar 25,6% dos custos do Twitter.

Considerando apenas a parte operacional, o prejuízo foi de 123,4 milhões de dólares contra um lucro de 75,7 milhões de dólares no segundo trimestre de 2019. No segundo trimestre, o resultado líquido da companhia foi de prejuízo de 1,23 bilhão de dólares de prejuízo. O número, porém, foi inflado pela reversão de benefício fiscal do segundo trimestre do ano passado.

Passado o efeito pandemia, a companhia espera que os gastos em inovação e tecnologia, que considera como uma razão secundária para o aumento da base de usuários diários, mantenha o engajamento de sua audiência.

Segundo a companhia, seus colaboradores vêm trabalhando em formas de melhorar a navegação no Twitter, tornando mais eficiente as ferramentas de busca e conversação. “Estamos experimentando dar às pessoas a capacidade de twittar com sua voz e fornecendo controles de quem pode responder aos seus tweets”, conta a empresa.

Acompanhe tudo sobre:AçõesBalançosCoronavírusEstados Unidos (EUA)Redes sociaisTwitter

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney