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Educacionais caem na Bolsa com novidades no Fies

Em nova modalidade, risco de inadimplência será dividido entre governo e universidades privadas

Sala de aula (Getty/Getty Images)

Sala de aula (Getty/Getty Images)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 6 de julho de 2017 às 14h49.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às 18h35.

São Paulo -- As ações das educacionais aprofundaram as quedas nesta quinta-feira, após o lançamento do Novo Fies, uma versão reformulada do Fundo de Financiamento Estudantil.

As ações ordinárias da Estácio terminaram o dia em queda de 1,80%, a 14,73 reais, enquanto as da Kroton recuavam 1,67%, a 14,75 reais. No mesmo período, os papéis da Ser registravam baixa de 1,17%, a 24,53 reais e as da Anima Educação, 0,84%, para 16,59 reais.

O Ibovespa fechou esta quinta-feira em queda de 1,08 %, aos 62.470 pontos.

A partir do próximo ano, o Fies será dividido em três modalidades. A primeira faixa -- chamada Fies 1 ou Fies Fundo Garantidor -- será voltada para os alunos com renda família mensal per capita de até três salários mínimos (2.811 reais) e terá 100 mil vagas com juros reais zero, ocorrendo apenas a correção pela inflação. Nessa modalidade, os estudantes começarão a pagar as prestações do financiamento com no máximo 10% da renda mensal.

Segundo o MEC, haverá um fundo garantidor com recursos da União e as mudanças vão gerar uma economia de R$ 300 milhões ao governo com taxas operacionais. Nessa modalidade, o risco de inadimplência será compartilhado com as universidades privadas -- o que justificaria o desânimo dos investidores com as companhias. 

A segunda modalidade – chamada Fies 2 ou Fies Regional – será voltada para alunos com renda familiar mensal per capita de até cinco salários mínimos (4.685 reais), com juros baixos – de até 3% ao ano mais correção monetária – e risco de crédito dos bancos. Nesta modalidade, serão ofertadas 150 mil vagas para a regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A fonte de recursos serão os fundos constitucionais regionais.

Na terceira modalidade – Fies 3 ou Fies Desenvolvimento/Trabalhador -, as fontes de recursos serão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos regionais de desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, também para estudantes com renda familiar mensal de até cinco salários mínimos per capita.

Com Agência Estado. 

 

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