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Economia global em risco, Magazine Luiza, Itaúsa e o que move o mercado

Restrições por covid-19 derrubam principais indicadores da China; ex-Goldman Sachs diz que chance de recessão nos EUA é "muito, muito alta"

Bolsa de Valores da China em Hong Kong (Paul Yeung/Bloomberg via/Getty Images)

Bolsa de Valores da China em Hong Kong (Paul Yeung/Bloomberg via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 16 de maio de 2022 às 07h11.

Última atualização em 16 de maio de 2022 às 08h51.

As novas restrições para conter o surto de casos de covid-19 nas principais cidades chinesas já cobram o preço da maior economia da Ásia. Dados divulgados na última noite (manhã de segunda-feira, 16, na China) mostraram desaceleração acima do previsto em alguns dos principais indicadores do país. A produção industrial de abril despencou de alta de 5% no acumulado de 12 meses para contração de 2,9%, enquanto as vendas do varejo desabaram 11,1% frente ao mesmo período de 2021. A expectativa era de queda para 6,1%. Já a taxa de desemprego saltou de 5,8% para 6,1%.

A atividade econômica mais fraca na primeira metade do ano dificulta ainda mais a missão do governo chinês bater a meta de 5,5% de crescimento em 2022. Sem o impulso da China, crescem as preocupações de que alta de juros nas economias ocidentais possam provocar uma recessão global. Ex-CEO do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein disse neste fim de semana à CNBC que as chances de uma recessão nos Estados Unidos são "muito, muito altas".

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  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): + 0,226%
    • SSE Composite (Xangai): - 0,34%
    • FTSE 100 (Londres): + 0,14%
    • DAX (Frankfurt): - 0,59%
    • CAC 40 (Paris): - 0,34%
    • S&P futuro (Nova York): - 0,36%
    • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,64%
    • Petróleo Brent (Londres): - 0,75% (para US$ 110,75)

As perspectivas de desaceleração econômica seguram o preço do petróleo, mesmo com planos em curso para a União Europeia suspender a importação de petróleo russo e com a oferta limitada por parte da OPEP. O minério de ferro, por outro lado, fechou em leve alta na China, revertendo parte das perdas da semana anterior.

Nos Estados Unidos, os principais índices futuros recuam nesta manhã, após terem apresentado forte recuperação na última sexta-feira, 13. No mercado de câmbio, o dólar volta a subir frente a moedas emergentes, sinalizando maior aversão ao risco no exterior. Contra divisas fortes o dólar opera próximo da estabilidade, após ter tocado máxima em 20 anos na sexta.

Magalu, Itaúsa e outros balanços

No Brasil, investidores seguem atentos aos resultados da temporada de balanços do primeiro trimestre. Entre os números mais aguardados desta segunda estão os do Magazine Luiza. O consenso de mercado da Bloomberg é de que a varejista reporte receita líquida de R$ 8,6 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 376,2 milhões. O  Magalu será o último entre entre os principais varejistas do país a divulgar seu balanço, nesta noite. Americanas e Via superaram as expectativas do mercado para o período, apesar do vento macroeconômico desfavorável ao setor.

Outro resultado bastante esperado é o da Itaúsa, a holding do Itaú. Conhecida por seus dividendos robustos, a companhia também apresentará seus números após o encerramento do pregão. O dia ainda será marcado pelos balanços de IRB Brasil, Eletrobras, Inter, Espaçolaser, Vibra, GetNinjas, Hapvida, Helbor, Hidrovias do Brasil, Ânima e Equatorial.

Sem Focus e IBC-Br

O Banco Central não irá divulgar o boletim Focus nesta segunda, devido à greve dos funcionários da autarquia. Esta será a segunda semana seguida sem o monitor de expectativas do mercado para os principais indicadores da economia brasileira. O índice de atividade econômica do BC, IBC-Br, também não será divulgado.

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