Minério de ferro da Vale extraído da Serra Nacional dos Carajás: neste mês, as ações preferenciais da Vale acumulam alta de 3,12%, e as ordinárias de 2,15% (Marcos Issa/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 12h01.
São Paulo - Os sinais de melhora da economia chinesa também trouxeram impacto positivo para o mercado de ações brasileiro. Até sexta-feira, 27, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) acumulava ganho de 7,45% em setembro.
Esse bom desempenho também foi impulsionado pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estado Unidos) de manter os estímulos econômicos e pela desvalorização do real.
Esses fatores impulsionaram diretamente ações como as da Vale, das empresas de siderurgia, papel celulose e petroquímica, afirma Helder Soares, da gestora Claritas. São setores importantes no Ibovespa.
Neste mês, as ações preferenciais da Vale acumulam alta de 3,12%, e as ordinárias de 2,15%. No segundo trimestre, a participação da China nas vendas de minério de ferro e pelotas foi de 43,8%. Na terça-feira, 24, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou que a China só dá alegria.
A alta acumulada do Ibovespa até setembro, porém, não é suficiente para reverter o desempenho ruim da Bolsa acumulado neste ano. A queda chega a 11,85%. Esse melhora da Bolsa não surpreendeu tanto assim. Em um determinado momento, houve um pessimismo muito grande com a economia doméstica e com a China, afirma Soares.
Para o futuro, ele projeta a Bolsa andando de lado. Continuo vendo com dificuldade um ciclo de alta. Estamos numa economia que não deslancha.
Nesse cenário ainda incerto, a decisão de investir na Bolsa de Valores vai depender da estratégia e do apetite do investidor pelo risco.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.