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Dow Jones volta a 25 mil pontos, e Nasdaq renova recorde de fechamento

Amenização de tensões comerciais e crescimento pujante da economia americana impulsionaram mercado financeiros nos EUA nesta quarta (6)

Bolsa de NY: Dow Jones fechou em alta de 1,40% nesta quarta (6), o S&P 500 subiu 0,86%, e o Nasdaq avançou 0,67% (Spencer Platt/Getty Images)

Bolsa de NY: Dow Jones fechou em alta de 1,40% nesta quarta (6), o S&P 500 subiu 0,86%, e o Nasdaq avançou 0,67% (Spencer Platt/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2018 às 19h05.

São Paulo - Os mercados acionários americanos encerraram em alta o pregão desta quarta-feira, 6, apoiados por papéis de instituições financeiras, à medida que os investidores reagiram positivamente à perspectiva de que a economia dos Estados Unidos ficará ainda mais forte. O índice Nasdaq renovou recorde de fechamento pelo terceiro pregão seguido, enquanto o Dow Jones registrou o melhor desempenho diário desde 10 de abril, alcançando a marca de 25 mil pontos pela primeira vez em mais de duas semanas.

O Dow Jones fechou em alta de 1,40%, aos 25.146,39 pontos; o S&P 500 subiu 0,86% para o maior nível desde 12 de março, aos 2.772,35 pontos. Já o Nasdaq avançou 0,67%, aos 7.689,24 pontos. O subíndice financeiro do S&P 500 liderou os ganhos ao encerrar em alta de 1,84%, aos 462,98 pontos.

O saldo negativo da balança comercial americana diminuiu em abril, atingindo o menor nível desde setembro de 2017, de acordo com o Departamento do Comércio dos EUA. O déficit encolheu 2,1% em abril em relação a março, passando de US$ 47,21 bilhões (dado revisado) para US$ 46,2 bilhões. Analistas esperavam déficit de US$ 48,7 bilhões em abril. "O resultado mais estreito que o esperado refletiu, em parte, exportações de bens ligeiramente mais firmes do que o relatado anteriormente", disse o economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius.

Baseado nessa expectativa, o banco americano elevou a projeção de crescimento do PIB anualizado do segundo trimestre de 3,7% para 3,8%. O Goldman não foi o único banco a esperar expansão ainda mais forte da economia americana. O Barclays aumentou a previsão para o PIB à base anualizada do período entre abril e junho passou de 3,4% para 3,5%. Também o Banco Mundial aumentou a previsão de crescimento do PIB dos EUA de 2,5% para 2,7% neste ano e elevou a projeção de expansão da economia americana em 2019 de 2,2% para 2,5%.

O comércio também foi tema de uma entrevista coletiva dada pelo diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow. De acordo com ele, Trump irá se reunir com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, durante a reunião do G-7, sinalizando que as negociações comerciais entre Washington e parceiros comerciais continuará, apesar da imposição de tarifas por parte dos EUA às importações de aço e de alumínio canadenses e europeus. "Não estamos engajados em uma guerra comercial, mas as disputas comerciais têm de ser resolvidas", afirmou Kudlow.

Em um cenário de tensões comerciais menos intensas e de crescimento pujante da economia americana, as bolsas foram às máximas durante a tarde. Os bancos foram favorecidos com a perspectiva de mais elevações nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) dado o cenário positivo nos EUA. O J.P.Morgan avançou 2,34% e o Bank of America saltou 3,16%. Para o Goldman Sachs, "os mercados serão capazes de digerir os aumentos dos juros pelo Fed. Esperamos que os ativos de risco se recuperem enquanto as vendas de títulos se intensificam".

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