Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta e perto da estabilidade - com exceção do Nasdaq, que caiu -, em meio a balanços positivos divulgados por algumas redes varejistas, mas pressionados pelo alerta da Dell sobre fraqueza no consumo e por preocupações com o aumento nos custos de produção do país.

O Dow Jones subiu 4,28 pontos, ou 0,04%, para 11.410,21 pontos, após oscilar 207 pontos entre a mínima e a máxima da sessão. O Nasdaq recuou 11,97 pontos, ou 0,47%, para 2.511,48 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,12 ponto, ou 0,09%, para 1.193,88 pontos.

Entre os destaques da sessão, as ações da Dell fecharam em baixa de 10,13%. Ontem, a companhia anunciou após o fechamento das bolsas que seu lucro líquido do segundo trimestre cresceu 63% em relação ao mesmo período do ano passado, mas também revisou para baixo a estimativa de crescimento da receita neste ano, afirmando que no terceiro trimestre o faturamento deve ficar "praticamente estável" por causa do "ambiente de demanda incerto".

A projeção relativamente pessimista pesou sobre os papéis de empresas de tecnologia em geral. Caíram Hewlett-Packard (3,74%), Cisco Systems (-0,94%), Intel (-0,58%) e Microsoft (-0,39%). Quem se beneficiou pela perspectiva de cenário incerto foram as ações de segmentos defensivos - telecomunicações, prestadoras de serviços públicos, produtoras de bens de consumo essenciais, etc. A Verizon Communications subiu 2,09%, a AT&T avançou 1,32% e a Coca-Cola fechou em alta de 1,63%.

As companhias varejistas também ficaram no foco do mercado hoje. A Target subiu 2,39% depois de anunciar resultados trimestrais que superaram as estimativas do mercado e refletiram um aumento nas vendas na comparação com igual período do ano anterior. A Staples avançou 0,49% após divulgar que seu lucro do segundo trimestre ficou acima das previsões de analistas.

Já a Abercrombie & Fitch fechou em baixa de 8,66%. O balanço da companhia no segundo trimestre mostrou um aumento de 64% no lucro em comparação a igual período do ano passado, mas também revelou que os custos de produção crescentes diminuíram as margens. O presidente da empresa, Mike Jeffries, disse que "as pressões de custo serão maiores no segundo semestre deste ano". As informações são da Dow Jones.