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Dow Jones encerra no maior nível desde outubro de 2007

Indicadores econômicos positivos e fala de Ben Bernanke, presidente do Fed, trouxeram alívio ao mercado de ações norte-americano


	Traders na bolsa de Nova York: o Dow havia registrado sua maior queda do ano em um dia na segunda-feira
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Traders na bolsa de Nova York: o Dow havia registrado sua maior queda do ano em um dia na segunda-feira (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 19h22.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam a quarta-feira em alta pela segunda sessão consecutiva, com o índice Dow Jones atingindo o maior nível desde 2007.

O alívio das preocupações com a Europa, indicadores positivos e a garantia do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que os estímulos monetários vão continuar contribuíram para o resultado das bolsas.

O Dow Jones chegou a superar os 14.100 pontos, aproximando-se do recorde histórico de 14.164 pontos. O índice ganhou 175,24 pontos (1,26%) e fechou a 14.075,37 pontos, o maior nível desde 12 de outubro de 2007. O S&P 500 avançou 19,05 pontos (1,27%), fechando a 1.515,99 pontos, e o Nasdaq teve alta de 32,61 pontos (1,04%), encerrando a sessão a 3.162,26 pontos.

Os ganhos ocorrem em uma semana de volatilidade fora do comum nos mercados. Na segunda-feira, o Dow caiu 216 pontos, maior queda do ano em um só dia. No dia seguinte, o índice avançou 116 pontos. Hoje marcou a quarta sessão consecutiva em que o Dow apresenta mudança de três dígitos, em qualquer direção.

Desde novembro de 2011 os investidores não viam esse nível de volatilidade. O volume de negociação, no entanto, foi relativamente baixo, com somente 2,9 bilhões de ações trocando de mãos até meia hora antes do fechamento. O volume médio de negociação tem sido de 3,6 bilhões de ações este ano.

Em seu testemunho semestral à Câmara dos Representantes dos EUA, Bernanke disse que há sinais iniciais de que a política acomodatícia do Fed está ajudando a economia. Ele alertou que ainda é cedo para falar, mas afirmou que os esforços do banco central norte-americano parecem estar fazendo o mercado imobiliário avançar, com base em dados divulgados nos últimos dias. Bernanke também viu progresso no mercado automobilístico e de bens duráveis, além de nos investimentos.

Os indicadores econômicos positivos também deram sustentação aos índices norte-americanos. As vendas pendentes de imóveis subiram 4,5% em janeiro, para o nível mais alto desde abril de 2010, acima da alta de 2,0% prevista pelos economistas. Já as encomendas de bens duráveis caíram 5,2% em janeiro, mas a queda foi menor do que a de 5,5% esperada.


As preocupações com a Europa geradas com as eleições italianas começaram a diminuir hoje, após um leilão de bônus bem-sucedido da Itália. No começo da manhã, o país vendeu 6,5 bilhões de euros (US$ 8,5 bilhões) em bônus de cinco e dez anos, o máximo pretendido para a oferta, embora a um custo maior do que em outras ocasiões. O resultado indefinido das eleições gerais italianas, concluídas na segunda-feira sem um claro vencedor no Parlamento, geraram fortes expectativas em relação ao leilão de hoje. Segundo analistas, a venda de bônus na Itália é um sinal de que os investidores estrangeiros estão "muito dispostos" a comprar dívida da zona do euro.

Além disso, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, prometeu hoje que a instituição preservará a integridade da zona do euro e sinalizou a continuação da política monetária acomodatícia.

Os ganhos em Nova York foram em grande parte um reflexo da performance robusta dos mercados europeus. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com ganho de 0,9%, aos 287,17 pontos, após cair 1,3% ontem. "O medo desses últimos dias parece ter se transformado em oportunidade de investimento. Mas nossos mercados não devem ser determinados necessariamente pelo processo político da Itália, isso é um evento mais europeu do que norte-americano", disse Michael Strauss, estrategista da Commonfund.

O ganho das ações foi amplo, com todos os 30 componentes do Dow e 10 setores do S&P 500 fechando a sessão em território positivo. Mais de 95% dos componentes do S&P subiram. O mercado acionário conseguiu avançar mesmo sem a ajuda da Apple, um dos maiores componentes do S&P 500 e do Nasdaq. A companhia caiu 1,0% após seu presidente, Tim Cook, evitar incluir diretamente os investidores em uma discussão sobre o que fazer com um capital acumulado de US$ 137 bilhões.

Por outro lado, as ações do JPMorgan avançaram 3,5%, enquanto o Bank of America subiu 1,6%. Goldman Sachs e Morgan Stanley também fecharam em alta, ganhando 2,5% e 2,1%, respectivamente.

A Dollar Tree teve alta de 10% após divulgar resultados trimestrais melhores que o esperado. A Target, no entanto, caiu 1,5% após reportar custos mais altos, o que ocultou a receita trimestral acima da expectativa. As informações são da Dow Jones.

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