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Bolsa americana tem pior dia desde março com queda de 6,9% do Dow Jones

Enquanto os indicadores de ações registraram queda de mais de 5% nesta quinta-feira, o chamado índice do medo, ou VIX, acumulou alta de 47,77%

Wall Street: ações da United, Delta, American e Southwest Airlines caíram mais de 9% nesta quinta (Matteo Colombo/Getty Images)

Wall Street: ações da United, Delta, American e Southwest Airlines caíram mais de 9% nesta quinta (Matteo Colombo/Getty Images)

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Natália Flach

Publicado em 11 de junho de 2020 às 17h07.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 17h48.

Com a bolsa brasileira fechada por causa do feriado, as atenções se voltaram para as negociações no exterior. Lá fora, o índice Dow Jones caiu 6,90% nesta quinta-feira, no pior dia desde março. A queda se deu principalmente pelo recuo das ações de companhias aéreas, em um cenário de aumento de casos do novo coronavírus após a abertura do comércio em alguns estados americanos. O índice S&P 500 foi na mesma direção, com recuo de 5,89%, assim como o Nasdaq que caiu 5,27%.

As ações da United, Delta, American e Southwest Airlines caíram mais de 11,5% nesta quinta. Na ponta contrária, estão os papéis do Zoom registram alta de 0,54%. Nem mesmo as ações da Netflix que subiram ao longo do pregão resistiram à tendência de baixa e terminaram com queda de 2,11%.

O pano de fundo que explica a queda das companhias aéreas e a alta das empresas de vídeo e entretenimento é o mesmo: o medo de uma segunda onda do coronavírus invadir os Estados Unidos, o que poderia instituir uma nova quarentena. Segundo reportagem da Associated Press, o Texas registrou três dias consecutivos de recorde de hospitalização por covid-19. Além disso, nove regiões da Califórnia viram aumento dos casos de contaminação ou de internação.

 

Também colaborou para o mau humor dos investidores o comunicado de ontem do banco central americano que projetou uma contração de 6,5% do produto interno bruto (PIB) neste ano e uma taxa de desemprego de 9,3% ao final de 2020. Embora a maior parte do comunicado tenha repetido a linguagem da reunião de abril, o Fed prometeu manter as compras de títulos “no ritmo atual” de cerca de 80 bilhões de dólares por mês em títulos do Tesouro e 40 bilhões de dólares por mês em títulos lastreados — um sinal de que começa a formatar sua estratégia de longo prazo para a recuperação econômica.

"O discurso foi um toque de realidade que serviu como um gatilho para a bolsa", explica Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimentos.

O presidente americano também deu sua opinião sobre as expectativas do banco central: "O Fed erra frequentemente. Eu vejo os números também, e vejo MUITO melhor do que eles. Teremos um bom terceiro trimestre, um ótimo quatro trimestre e um dos melhores anos em 2021. Também teremos em breve uma vacina e medicamentos/cura. Essa é a minha opinião."

Índice do medo

Enquanto os indicadores de ações registraram queda nesta quinta, o chamado índice do medo, ou VIX, acumula alta de 47,77%. Esse indicador sobe quando os investidores estão receosos.

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