Dólar: dólar comercial terminou a sessão cotado a R$ 2,5050, em baixa de 1,30% (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 16h26.
São Paulo - A expectativa com a nova equipe econômica do governo fez preço mais uma vez sobre o dólar.
A moeda norte-americana engatou nesta quarta-feira, 26, sua segunda sessão de baixa e retornou ao patamar de R$ 2,50, registrado pela última vez no começo de novembro.
O dólar comercial terminou a sessão cotado a R$ 2,5050, em baixa de 1,30%.
Na mínima do dia, bateu em R$ 2,4960 (-1,65%) e, na máxima, em R$ 2,5260 (-0,47%). Foi o sexto recuo da moeda americana nas últimas sete sessões.
O giro negociado no mercado à vista totalizava US$ 723,9 milhões às 16h47, sendo US$ 682,8 milhões em D+2.
O mercado está na expectativa da confirmação de Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Planejamento, e o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, disse que o anúncio será feito amanhã pelo Planalto.
Segundo ele, os novos ministros trabalharão com os atuais chefes das pastas na transição.
O ministro não confirmou os nomes, mas desde que foram ventilados, na sexta-feira passada, o governo não desmentiu.
Além desses, o mercado também trabalha com a recondução de Alexandre Tombini no Banco Central.
O adiamento da votação do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, que permitirá o não cumprimento da meta de superávit fiscal, acabou não interferindo no mercado cambial.
Depois de um bate-boca no plenário do Congresso, o presidente da Casa, Renan Calheiros, encerrou a sessão e a votação agora deve ocorrer só na semana que vem.
Até então, o mercado previa que a confirmação da equipe econômica só ocorreria após a aprovação da LDO, mas a base governista "cochilou" e agora o anúncio sairá sem isso.
O sinal de baixa da moeda norte-americana também se firmou com os dados norte-americanos conhecidos hoje e que mostraram fraqueza da economia.
As vendas pendentes de imóveis nos EUA caíram 1,1% em outubro ante setembro, contrariando a previsão de alta de 0,5%; as vendas de moradias novas, por sua vez, subiram a 458 mil, ante projeção de avanço a 470 mil.
Já o índice de sentimento do consumidor norte-americano subiu menos que o esperado na leitura final deste mês, a 88,8, de uma estimativa de alta a 90 e ante o resultado final de 86,9 em outubro.
Do lado de atividade, o índice do setor industrial em Chicago caiu a 60,8 em novembro, mais que a previsão de queda a 64.
Saiu ainda que os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA contrariaram a previsão de queda e ultrapassaram a marca dos 300 mil pedidos pela primeira vez desde o início de setembro, alcançando 313 mil solicitações.
Além disso, os gastos dos consumidores e a renda pessoal cresceram 0,2% em outubro, cada, ficando ambos aquém do esperado.
Porém, as encomendas de bens duráveis subiram 0,4% no mês passado, ante previsão de queda a 0,5%.