Mercados

Dólar volta a R$3,30 com correção, mas mantendo cautela

Na noite passada, as principais lideranças do PSDB decidiram manter a legenda no governo para garantir a governabilidade e aprovação de reformas

Dólar: no exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas com investidores à espera do Fed (foto/Thinkstock)

Dólar: no exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas com investidores à espera do Fed (foto/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 13 de junho de 2017 às 17h32.

São Paulo - O dólar fechou a terça-feira com leve baixa, voltando ao patamar de 3,30 reais após movimento de correção, mas ainda mantendo a cautela diante do risco político, mesmo após o PSDB não ter abandonado o governo do presidente Michel Temer, pelo menos por ora.

O dólar recuou 0,10 por cento, a 3,3083 reais na venda, depois chegar a 3,3343 reais na máxima do dia e acumular alta de 1,42 por cento nas duas sessões anteriores.

O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,30 por cento no final da tarde.

"De modo geral, o mercado não está tranquilo e ninguém desmonta posições", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Na noite passada, as principais lideranças do PSDB decidiram manter a legenda no governo para garantir a governabilidade e possibilitar a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência. A legenda, no entanto, pode reavaliar a sua posição caso apareçam novos fatos.

Parte dos tucanos defendia o desembarque do governo por causa das denúncias que atingiram o presidente Michel Temer, mas a maior parte dos integrantes da sigla considerou que um rompimento não faria sentido diante da negativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em cassar a chapa Dilma-Temer.

Temer tem ainda outros desafios pela frente, como a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciá-lo no Supremo Tribunal Federal (STF), onde já é investigado por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.

"Acho que o dólar vai continuar valorizando em relação ao real porque o (cenário) político não vai se resolver tão fácil", afirmou Gonin ao ponderar, entretanto, que o Banco Central pode intervir mais se julgar necessário.

Nesta sessão, o BC vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 2,460 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas com investidores à espera do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que nesta quarta-feira deve elevar os juros.

O dólar também cedia ante divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano.

Acompanhe tudo sobre:Casas de câmbioCrise políticaDólarGoverno TemerPSDB

Mais de Mercados

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena

Suzano (SUZB3) aprova pagamento de R$ 657 milhões em juros sobre capital próprio