Mercados

Dólar cai a R$3,15 e volta a menor patamar em 3 meses

O dólar recuou 0,90%, a 3,1520 reais na venda, menor patamar desde os 3,1423 reais de 26 de outubro de 2016

Dólar: a economia norte-americana avançou 1,9% no quarto trimestre de 2016, abaixo dos 2,2% apurado em pesquisa Reuters (AFP)

Dólar: a economia norte-americana avançou 1,9% no quarto trimestre de 2016, abaixo dos 2,2% apurado em pesquisa Reuters (AFP)

R

Reuters

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 17h28.

Última atualização em 27 de janeiro de 2017 às 17h30.

São Paulo  - O dólar caiu quase 1 por cento e fechou no menor nível em três meses nesta sexta-feira, de volta ao patamar de 3,15 reais, após dados mais fracos sobre a economia norte-americana suavizarem um pouco as apostas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar os juros mais do que o esperado.

O viés de baixa da moeda norte-americana veio desde cedo, num movimento de ajuste após duas sessões de alguma elevação e diante de expectativas de ingresso de fluxo de recursos por conta de recentes captações de empresas.

O dólar recuou 0,90 por cento, a 3,1520 reais na venda, menor patamar desde os 3,1423 reais de 26 de outubro de 2016. Nas duas sessões anteriores, havia acumulado alta de 0,37 por cento.

A moeda norte-americana marcou também sua sexta semana consecutiva de queda, com perda acumulada de 7 por cento. O dólar futuro operava com baixa de cerca de 0,90 por cento no final desta tarde.

A economia norte-americana avançou 1,9 por cento no quarto trimestre de 2016, abaixo dos 2,2 por cento apurado em pesquisa Reuters e bem menor do que a alta de 3,5 por cento do terceiro trimestre.

O desempenho foi prejudicado pelas exportações de soja, mas os gastos estáveis do consumidor e o aumento do investimento empresarial sugerem que a economia continuará a crescer.

Com o dado mais fraco, a pressão na inflação tende a diminuir, reduzindo apostas de que o Fed possa elevar os juros ainda mais.

Este cenário de mais juros começou a ser desenhado com a vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, com temores de que sua política econômica seja inflacionária, o que poderia levar o Fed a elevar mais os juros locais, atraindo para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

No exterior, o dólar voltou a exibir leve alta, depois de ter caído, ante uma cesta de moedas logo após os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. Sobre outras moedas de países emergentes, o dólar cedeu neste pregão, como frente ao peso mexicano.

Internamente, a possibilidade de ingressos de recursos seguiu no horizonte dos investidores, com a janela de captações aberta às empresas brasileiras, contribuindo para a manutenção do viés de baixa da moeda norte-americana.

Neste mês, um dos destaques foi a Petrobras, que lançou no mercado internacional 4 bilhões de dólares em bônus em duas tranches.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente o lote de até 15 mil swaps tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos vencimentos dos contratos em fevereiro.

Com este leilão, o BC já vendeu o equivalente a 5,7 bilhões de dólares para rolar o total de 6,431 bilhões de dólares que vence em fevereiro.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarEstados Unidos (EUA)

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney