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Dólar tem sessão volátil e volta a ceder ante real

A política continuava no radar dos mercados, com a intervenção federal na segurança pública no RJ colocando em risco a votação da reforma da Previdência

Dólar: a recuperação nos preços das commodities também favorecia o recuo do dólar ante o real, da mesma forma que o ambiente externo favorável à busca pelo risco (Ricardo Moraes/Reuters)

Dólar: a recuperação nos preços das commodities também favorecia o recuo do dólar ante o real, da mesma forma que o ambiente externo favorável à busca pelo risco (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 15h34.

São Paulo - O dólar abandonou a alta e voltou a operar em queda ante o real, num movimento similar ao registrado no exterior, onde a moeda norte-americana oscilava entre altas e baixas ante as divisas de países emergentes.

A cena política interna também continuava no radar dos mercados, com a intervenção federal na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro colocando em risco a votação da reforma da Previdência, que já era vista com muito ceticismo pelos investidores.

Às 15:16, o dólar recuava 0,53 por cento, a 3,2186 reais na venda, depois de ir a 3,2161 reais na mínima deste pregão e a 3,2486 reais na máxima. O dólar futuro era negociado em baixa de cerca de 0,5 por cento.

"O mercado está em modo volátil hoje", citou o operador de câmbio da Correparti Corretora Ricardo Gomes da Silva Filho.

A recuperação nos preços das commodities também favorecia o recuo do dólar ante o real, da mesma forma que o ambiente externo favorável à busca pelo risco.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas depois de ter atingido mais cedo o menor nível desde dezembro de 2014. Na semana, o índice caminhava para perder cerca de 2 por cento, maior declínio desde fevereiro de 2016.

Na semana passada, a moeda norte-americana chegou a saltar à casa de 3,30 reais após dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos alimentarem percepções de que o Federal Reserve, banco central do país, poderia elevar os juros num ritmo mais forte do que o esperado. Mas esse cenário perdeu fôlego nesta semana.

Juros maiores tendem a atrair para a economia norte-americana recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

Internamente, os investidores também estavam acompanhando as negociações sobre a votação da reforma da Previdência, agora afetada pela intervenção do governo na segurança pública do Rio de Janeiro uma vez que a Constituição veta emendas constitucionais na vigência de intervenção federal.

O governo batalhava para colocar a matéria em votação até o final deste mês, mas ainda não havia conseguido o apoio político mínimo.

"Pode não ter votação da Previdência, mas o mercado já não estava muito confiante que isso aconteceria", afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 9.500 contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem do vencimento de março. Desta forma, já rolou 2,850 bilhões de dólares do total de 6,154 bilhões de dólares que vencem no mês que vem.

Mantido esse volume diário até o final do mês e vendendo os lotes todos, rolará integralmente os swaps que vencem agora.

 

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