Dólar: às 9h26, a moeda norte-americana recuava 0,09%, a 2,2341 reais na venda (Bruno Domingos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2014 às 10h58.
São Paulo - O dólar alternava entre leves altas e baixas ante o real nesta quinta-feira, puxado de um lado pelo inesperado corte de juros do Banco Central Europeu, e de outro por pesquisas que mostraram melhora nas intenções de voto para a presidente Dilma Rousseff (PT), criticada por investidores pela condução da política econômica.
Às 10h35, a moeda norte-americana caía 0,15 por cento, a 2,233 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 24 milhões de dólares.
A divisa dos Estados Unidos também perdia força contra o peso mexicano e o euro após o BCE anunciar novas injeções de recursos que elevarão a liquidez global, aumentando o apetite dos investidores por risco.
O BCE cortou as taxas de juros para novas mínimas recordes, reduzido inesperadamente os custos de financiamento para perto de zero na tentativa de estimular a inflação e a economia da zona do euro. A autoridade monetária também anunciou um programa de compra de instrumentos financeiros lastreados em ativos e de bônus cobertos.
"As medidas do BCE dão suporte para as moedas emergentes por uma questão de expectativa de liquidez", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Por outro lado, investidores mostravam preocupação com o resultado das pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope, divulgadas após o fechamento dos mercados na véspera. Embora os dois levantamentos ainda mostrem Marina derrotando Dilma em um eventual segundo turno, a diferença entre as duas candidatas diminuiu.
Parte do mercado apostava que a ex-senadora, que tem prometido uma poltíca econômica ortodoxa se eleita, viesse à frente de Dilma no primeiro turno e ampliasse sua vantagem na segunda rodada.
"Mesmo não sendo uma total mudança de cenário, era de se esperar um ajuste, mas a questão do BCE compensa", afirmou o superintendente de derivativos de uma corretora internacional.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro, com volume equivalente a 197,5 milhões de dólares.
Atualizado às 10h58