Dólar: Banco Central brasileiro ainda não tinha anunciado intervenção no mercado de câmbio para esta sessão (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
Reuters
Publicado em 9 de maio de 2017 às 10h52.
São Paulo - O dólar registrava leves oscilações nesta terça-feira, após se aproximar do patamar de 3,20 reais, com os investidores cautelosos diante da votação da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem.
Também havia tímido movimento de realização de lucros nesta sessão, contido pelo avanço da moeda norte-americana no exterior.
Às 10:25, o dólar recuava 0,12 por cento, a 3,1921 reais na venda, depois de ter ido ao maior patamar em quase quatro meses na véspera. O dólar futuro tinha recuo de cerca de 0,20 por cento.
"O mercado deve continuar trabalhando entre 3,15 e 3,20 reais. Tem um pouco de realização, mas não há tranquilidade", afirmou o diretor da mesa de câmbio da Corretora MultiMoney, Durval Correa, acrescentando que o governo do presidente Michel Temer ainda terá de trabalhar politicamente para garantir votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Nesta terça-feira, a comissão especial da Câmara dos Deputados vota os destaques ao projeto, depois de ter aprovado seu texto-base na semana passada. Em seguida, a reforma da Previdência segue para o plenário da Casa, onde o governo precisa garantir três quintos dos votos.
No exterior, o dólar tinha alta ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o peso chileno. A eleição de Emmanuel Macron como presidente da França no domingo deu fim às preocupações políticas imediatas, elevando os rendimentos dos títulos norte-americanos e europeus e pressionando os mercados cambiais.
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em junho, vencem 4,435 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.