Dólar: o dólar futuro subia cerca de 0,20% no final da tarde (Dado Ruvic/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de outubro de 2017 às 17h29.
São Paulo - O dólar encerrou com leve recuo frente ao real nesta quarta-feira, com o mercado um pouco mais aliviado com o cenário político interno mas ainda atento à cena externa e expectativas sobre o futuro comandante do Federal Reserve, banco central norte-americano.
O dólar recuou 0,12 por cento, a 3,1651 reais na venda, depois de bater 3,1821 reais na máxima do dia. O dólar futuro subia cerca de 0,20 por cento no final da tarde.
"A queda do dólar segue o movimento da sessão anterior... Mesmo assim, o intervalo de operação é estreito porque o investidor ainda é pressionado pelas incertezas", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
De maneira geral, a cautela vinha predominando nos mercados diante da cena política interna, com os investidores acompanhando as discussões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados sobre o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) pela rejeição da segunda denúncia contra Temer, que continuava nesta sessão.
O temor dos investidores era de que o andamento da denúncia pudesse afetar importantes pautas econômicas no Congresso Nacional, em especial a reforma da Previdência.
Isso porque, apesar de o mercado já precificar que Temer sairá vitorioso, ele está usando muito capital político.
No início da tarde, investidores notaram um grande fluxo vendedor quando a moeda norte-americana atingiu o nível de 3,18 reais, ou próximo disso, o que acabou evitando altas maiores.
"A gente vê que nesses níveis perto de 3,18 reais, entra um volume de vendas de exportador e de tesouraria", afirmou o operador do Banco Paulista, Alberto Felix.
No exterior, o dólar chegou a avançar sobre uma cesta de moedas com os mercados aguardando mais notícias sobre a possível indicação de uma pessoa "hawkish" como chair do Fed, quando terminar o mandato de Janet Yellen, no início de 2018.
A moeda norte-americana também avançava sobre algumas divisas de países emergentes, como o peso chileno.