Dólar: "As boas notícias da China fortalecem a leitura positiva para ativos de maior risco" (foto/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 17 de julho de 2017 às 17h22.
São Paulo - O dólar encerrou a segunda-feira com leve baixa ante o real, favorecido pelos dados mais fortes da economia chinesa, que elevaram a busca por ativos de risco, e em meio ao ambiente político doméstico mais calmo.
O dólar recuou 0,11 por cento, a 3,1814 reais na venda, depois de ter cedido 2,88 por cento na última semana. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,1763 reais e, na máxima, 3,1886 reais.
O dólar futuro tinha leve alta de 0,05 por cento no final da tarde.
"As boas notícias da China fortalecem a leitura positiva para ativos de maior risco", informou mais cedo a corretora H.Commcor em relatório. "A arena política nacional está mais calma, com o recesso (parlamentar)", acrescentou.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China avançou 6,9 por cento no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, mais rápido que o esperado. Além disso, a produção industrial do país cresceu 7,6 por cento em junho em relação ao ano anterior, acima do esperado.
Com isso, os preços de commodities, sobretudo metálicas, avançaram no exterior, favorecendo moedas de países exportadores. Ainda no exterior, favoreceu a calmaria as percepções de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não deve elevar os juros além do esperado, ajudando a reter recursos em outras praças, como a brasileira.
Internamente, o clima político trouxe mais tranquilidade aos mercados. O Congresso Nacional entra em recesso a partir desta terça-feira, o que pode esfriar um pouco a crise política, embora os investidores seguissem monitorando o noticiário, aguardando nova denúncia contra o presidente Michel Temer.
"O cenário de elevada liquidez permanece, mantendo o dólar oscilando próximo de 3,20 reais", avaliou a SulAmérica Investimentos em relatório.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou 2,49 bilhões de dólares do total de 6,181 bilhões de dólares que vence no mês que vem.