"A moeda abriu em baixa e acabou atraindo compradores, assustados pelo avanço recente. Mas o exterior ficou mais calmo e aqui se acomodou", contou um operador da mesa de câmbio de uma corretora local.
No exterior, o dólar, que chegou a operar em baixa mais cedo, firmou alta ante uma cesta de moedas. Mas recuava ante a maioria das divisas de alguns países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, com o rendimento dos Treasuries de dez anos recuando abaixo de 3 por cento.
Nesta semana, o retorno desse papel ultrapassou esse patamar, o mais alto desde o início de 2014, elevando as preocupações de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, aumente os juros mais rapidamente que o previsto.
No dia seguinte, será divulgado o resultado do PIB do primeiro trimestre dos EUA e, segundo levantamento da Reuters com analistas, as projeções são de alta de 2 por cento anualizada.
"O mercado está esperando os números do Produto Interno Bruto (dos EUA), que podem reforçar as apostas de aperto de juros mais intenso neste ano", afirmou mais cedo o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 2,380 bilhões de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio.
Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.
(Edição de Patrícia Duarte e Iuri Dantas)